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O otimismo do mercado internacional com a perspectiva de lucros corporativos abriu espaço para que o dólar caísse ao menor nível em dois meses frente ao real nesta quarta-feira.

A moeda norte-americana terminou a 1,767 real, menor cotação de fechamento desde 4 de maio, em baixa de 0,84 por cento no dia.

No mês, o dólar acumula agora queda de 2,05 por cento. No ano, a moeda tem alta de 1,38 por cento.

Enquanto o mercado de câmbio fechava, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 tinham alta de mais de 2 por cento nos Estados Unidos. O mercado ganhava fôlego com a perspectiva mais otimista sobre os resultados corporativos a serem divulgados a partir da próxima semana --exemplificado pela projeção mais alta que o anteriormente estimado pelo banco State Street.

A Alcoa é a primeira empresa a divulgar resultados nos EUA, na segunda-feira.

A queda do dólar, no entanto, não foi acompanhada por um volume expressivo. De acordo com dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, havia cerca de 1,5 bilhão de dólares em negócios registrados até poucos momentos antes do fechamento, ante média de 2,2 bilhões de dólares em julho.

"Não teve nada excepcional (em termos de fluxo). Teve muito destravamento (de posições), pessoal vendendo (dólar à vista) e comprando de volta no futuro, por exemplo", disse Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio e especialista em hedge da corretora Interbolsa do Brasil.

Mais cedo, o Banco Central divulgou números referentes ao fluxo cambial de junho. Com a saída líquida de capital do país no mês passado, os bancos elevaram as posições vendidas a mais de 9 bilhões de dólares --maior nível para uma virada de mês desde 2007 .

"Teve gente que comprou (dólares) em cima disso. Mas se lá fora melhora, não tem jeito", acrescentou o operador.

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