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O dólar fechou em leve baixa nesta quinta-feira, mas manteve-se acima de 1,76 real após um dia de instabilidade no mercado internacional e de variações pouco intensas.

A moeda norte-americana caiu 0,23 por cento, para 1,763 real. No mês, o dólar agora acumula queda de 2,27 por cento. No ano, a taxa de câmbio tem alta de 1,15 por cento.

O volume de operações registrado na clearing (câmara de compensações) até poucos minutos antes do fechamento era de cerca de 2,5 bilhões de dólares, ante média de 2,2 bilhões de dólares nos outros dias do mês.

A próxima sessão será influenciada pelo feriado da Revolução Constitucionalista em São Paulo, que fecha o mercado futuro --principal foco de liquidez-- e tira de cena a maior parte das instituições financeiras que negociam o dólar.

"Hoje foi um dia que não teve fortes oscilações no dólar. Em virtude do feriado de amanhã, com um intervalo maior que de costume (entre as sessões), os players não se mantém muito posicionados", disse o operador de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado.

A valorização do real tem favorecido investidores com posições vendidas no mercado futuro e de cupom cambial, como os estrangeiros, com quase 4 bilhões de dólares nesse sentido na quarta-feira, em termos líquidos, segundo a BM&FBovespa.

Mas a venda de dólares por parte de bancos ao Banco Central em um ambiente de fluxo negativo tem pressionado, por exemplo, as taxas locais de juros em moeda estrangeira.

Nesta quinta-feira, o FRA (forward rate agreement) de cupom cambial com vencimento mais curto superou 2 por cento pela primeira vez desde abril de 2009.

Apesar do fluxo negativo recente, no entanto, o mercado trabalha com a previsão de uma melhora no ingresso de recursos. A BM&FBovespa planeja vender 612 milhões de dólares em bônus de 10 anos, de acordo com informações obtidas pela Reuters com duas fontes.

A operação, que acontece após a captação de 200 milhões de dólares pelo Banco Cruzeiro do Sul na semana passada, sinaliza um ambiente mais favorável para emissões de dívida no exterior e, consequentemente, para a entrada de dólares no país.

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