O dólar rompeu a barreira dos R$ 2,20 e desceu ontem à sua mais baixa cotação desde novembro passado. A queda de 1,45% levou a moeda a terminar o dia vendida a R$ 2,171. No mês, o dólar tem depreciação de 6,34%. Para as bolsas de valores, o dia foi de otimismo. A Bovespa seguiu o ritmo externo favorável e subiu 3,07%, indo aos 45.538 pontos, maior patamar desde outubro. No mês, já ganhou 11,27%.
O motor do otimismo do mercado hoje veio dos Estados Unidos, onde o banco Wells Fargo apresentou um animador resultado trimestral preliminar, surpreendendo os investidores (leia mais no quadro abaixo). O índice Dow Jones, de Nova Iorque, subiu 3,14%.
No mercado futuro, os investidores estrangeiros têm diminuído suas apostas no dólar apreciado, movimento que favorece o recente recuo no preço da moeda americana.
"Não acredito que o câmbio consiga se manter nesses níveis atuais por muito tempo. O cenário externo ainda exige cautela e qualquer sinal menos favorável vai puxar o dólar para cima", afirma Mário Battistel, diretor de câmbio da Fair Corretora. "Essa queda mais acentuada refletiu a diminuição das apostas dos estrangeiros no mercado futuro, que vinham sustentando o dólar em patamares mais elevados", diz. A mais recente pesquisa do BC com o mercado mostrou que o dólar deve estar a R$ 2,30 no fim do ano, bem acima da atual cotação.
Na Bovespa, as ações do BB voltaram a ficar entre as maiores baixas. Após recuarem 8,15% na quarta-feira, sob o impacto da inesperada mudança no comando da instituição, as ações ON do BB caíram 2,82% ontem. Já as maiores altas do dia foram Embraer ON (9,08%) e Klabin PN (9,06%).



