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A cotação do dólar comercial no Brasil voltou a fechar em queda nesta quarta-feira (20), aproximando-se do "patamar psicológico" de R$ 2 e renovando o fechamento mínimo em sete meses.

No fim do dia, depois de uma intervenção do Banco Central (BC), que voltou a comprar moeda no mercado com o objetivo de conter a queda livre da divisa americana, o dólar caiu 0,39%, fechando a R$ 2,027, segundo o BC.

Cotação inferior à registrada nesta quarta-feira só foi registrada no dia 2 de outubro, ainda no início do agravamento da crise econômica.

O leilão da autoridade monetária ocorreu nas horas finais do pregão. A compra foi feita no mercado à vista, e a liquidação da operação ocorre na próxima sexta-feira (22). O BC tem feito este tipo de operação em todos os pregões desde o último dia 8.

Entrada de recursos

A cotação da moeda também acompanha a entrada de dólares no país: segundo o BC, o fluxo de entrada de dólares na economia brasileira já passou de US$ 2 bilhões nos primeiros dez dias úteis de maio, já superando o resultado positivo de todo o mês de abril.

A recente depreciação do dólar coincide com a forte redução das apostas na alta da divisa norte-americana no mercado futuro. Tais apostas pressionaram muito o mercado de câmbio doméstico nos piores momentos da crise.

De acordo com os dados mais recentes disponibilizados pela BM&F, os investidores estrangeiros apresentavam na terça-feira menos de US$ 1,3 bilhão em posições compradas no mercado futuro da divisa norte-americana.

Essas posições chegaram a superar US$ 14 bilhões em meados de novembro de 2008 e no início de março deste ano.

Análise

"Esse cenário externo mais brando, o fluxo de entrada de recursos no país e a redução das posições compradas no mercado futuro são variáveis que têm dado ao dólar uma tendência de queda nos últimos dias", resumiu Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper.

Desde a cotação máxima do ano, atingida no início de março, o dólar já caiu mais de 17% ante o real. Apenas em maio, a divisa norte-americana acumula queda de cerca de 7%. "Ele ainda deve buscar o patamar de R$ 2, R$ 2,01", acrescentou Knauer.

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