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O dólar fechou em alta superior a 1,7% ante o real nesta segunda-feira (13), após dados mostrarem queda surpreendente das exportações da China, o que aumentou as preocupações com o ritmo de crescimento da segunda maior economia do mundo.

A moeda norte-americana subiu 1,74%, a R$ 3,1245 na venda, anulando grande parte da queda acumulada na semana passada, de 1,86%.

Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.

Comércio chinês

As exportações da China caíram 15% em março, a maior queda em cerca de um ano, ante estimativas de alta de 12%.

“As exportações da China tiveram uma queda inesperada em março, e isso está afetando moedas ligadas a commodities e o real está indo na esteira do movimento”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, acrescentando que a ausência de indicadores relevantes no Brasil e nos Estados Unidos nesta sessão fez com que os investidores ficassem mais atentos ao dado chinês.

O mercado segue avaliando os desenvolvimentos das negociações entre governo brasileiro e Congresso sobre as medidas de ajuste fiscal e as sinalizações de recuperação da economia dos Estados Unidos, que podem levar o Federal Reserve, banco central do país, a definir o momento de mudança na taxa de juros.

“A tendência do dólar ainda é para cima. O movimento de revalorização do real ante o dólar não me parece muito consistente”, disse o economista-chefe da INVX Global Asset Management, Eduardo Velho, acrescentando que um forte contingenciamento dos gastos públicos poderia trazer um alívio à cotação, porém temporário.

Swap

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 40% do lote total.

Ibovespa garante sua 3ª alta seguida

Depois de alguma volatilidade no período da tarde desta segunda-feira (13), oscilando entre perdas e ganhos, o Ibovespa conseguiu garantir uma pequena elevação, a terceira consecutiva, nos ajustes finais. Mais uma vez, o estrangeiro atuou na ponta compradora, mas os ganhos acumulados em abril chamaram uma realização de lucros, ajudada ainda pelo noticiário esvaziado. Petrobras mais uma vez se destacou.

O Ibovespa terminou o pregão com ligeira alta de 0,05%, aos 54.239,77 pontos. Na mínima, marcou 54.004 pontos (-0,39%) e, na máxima, 54.866 (+1,20%). No mês, acumula ganho de 6,04% e, no ano, de 8,46%. O giro financeiro totalizou R$ 6,535 bilhões.

A forte alta de Petrobras, mais uma vez,segurou o índice, após notícia de que a empresa estuda se desfazer de sua fatia na Braskem, pela qual pode vir a receber R$ 3,6 bilhões. O mercado também espera o balanço auditado, ainda este mês. A ação ON subiu 4,99% e a PN, 3,81%.

Vale ON caiu 0,98% e Vale PNA, 1,56%. A S&P colocou o rating da empresa e de outras mineradoras em observação negativa. Além disso, o UBS mudou a recomendação da empresa de neutro para venda e cortou o preço-alvo do ADR.

No setor financeiro, a Fitch revisou para negativa a perspectiva dos ratings do Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco. Bradesco PN recuou 0,23%, Itaú Unibanco PN, 0,78%, e BB ON, 0,21%. Santander Unit também terminou no vermelho, com perda de 1,63%.

Nos EUA, as bolsas terminaram em queda, num dia de pouco noticiário e com cautela à espera de novos balanços corporativos. O Dow Jones recuou 0,45%, aos 17.977,04 pontos, o S&P terminou com desvalorização de 0,46%, aos 2.092,43 pontos, e o Nasdaq terminou em baixa de 0,15%, aos 4.988,25 pontos.

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