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Câmbio

Dólar tem leve alta após surpresa positiva com EUA, mas continua abaixo de R$ 1,70

Moeda norte-americana fechou cotada em R$ 1,68. Na semana, houve queda de 1,35%

A surpresa positiva com dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos abriu caminho para a alta do dólar nesta sexta-feira. A moeda norte-americana subiu 0,12 por cento, para 1,680 real.

Com isso, a queda na semana --provocada pela decisão do Federal Reserve de injetar mais 600 bilhões de dólares na economia-- diminuiu para 1,35 por cento.

Os Estados Unidos criaram 151 mil postos de trabalho em outubro, com a abertura de 159 mil vagas no setor privado, mostraram dados do Departamento de Trabalho. A previsão de analistas era de geração de 60 mil empregos .

O relatório estimulou a recuperação do dólar no mercado internacional.

Ante uma cesta com as principais moedas, a divisa dos EUA subia 0,8 por cento, às 16h33. O euro, que no dia anterior foi cotado no maior nível em mais de nove meses, recuava 1,1 por cento.

A fraqueza do mercado de trabalho é uma das principais razões para o criticado pacote do Fed de estímulo à economia. Na opinião de autoridades de outros países, a medida visa desvalorizar o dólar para que os Estados Unidos se beneficiem no comércio exterior.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaueble, disse que o pacote não resolve os problemas norte-americanos, e o ministro sul-africano, Pravin Gordhan, alertou para efeitos devastadores sobre países em desenvolvimento .

Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o pacote tem efeito "duvidoso". Os líderes do G20 se reunirão na semana que vem (11 e 12 de novembro) para discutir os desequilíbrios da economia global.

No mercado brasileiro, a ausência de notícias manteve o foco no exterior. Na opinião de analistas, o governo só deve tomar novas medidas contra a valorização do real após a reunião do G20. "Antes disso acho difícil vir algo", disse o gerente de câmbio de um banco dealer, que não quis ser identificado.

A atuação do governo no câmbio se restringiu, nesta sexta-feira, aos dois leilões habituais de compra no mercado à vista.

No mercado futuro, a aposta de estrangeiros na valorização do real voltou às máximas recentes após um breve recuo em outubro, diante das medidas do governo no câmbio.

Na quinta-feira, os investidores não-residentes mantinham 16,148 bilhões de dólares em posições vendidas em contratos de dólar futuro e cupom cambial, ante 10,238 bilhões de dólares no final do mês passado, segundo dados da BM&FBovespa.

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