O Itaú pretende fechar 23 agências em cidades do interior do estado, segundo informação divulgada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba. Segundo a entidade, tratam-se de antigas unidades do Banestado, atualmente deficitárias. A reportagem não conseguiu contato com o banco, cuja sede administrativa fica em São Paulo, para confirmar a informação. Ontem era feriado na capital paulista, por causa do aniversário da cidade, e nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar o assunto.
Ainda de acordo com o sindicato, 12 das 23 cidades ficarão sem instituição bancária, caso o Itaú feche as portas. Destas, 9 estão nos planos de expansão do Banco do Brasil, onde devem ser instaladas agências ou unidades de atendimento ainda no primeiro semestre deste ano. A assessoria de imprensa do BB confirma os planos.
De acordo com o diretora de comunicação do sindicato, Sônia Boz, o banco informou, em reunião com representantes do sindicato, que está fechando agências por causa de um "reposicionamento no mercado" e que os funcionários devem ser transferidos para outras unidades. O sindicato não soube informar, no entanto, quantas pessoas trabalham nas 23 agências em questão. "O sindicato vai acompanhar essa movimentação para que a transferência não signifique demissão na cidade que está recebendo o funcionário."
Para a diretora, o maior prejuízo deve ser para a economia das cidades que devem ficar sem nenhum tipo de instituição financeira. "O comércio local deve ser o primeiro grande prejudicado", diz. "O Itaú tem lucros enormes. Mas a contrapartida social que a gente espera das grandes corporações não existe por parte dos bancos privados."
A Associação de Defesa e Orientação do Cidadão (Adoc) informou que pretende propor uma representação junto à Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, para que "tome as providências necessárias para impedir tal ato que certamente trará graves conseqüências aos cidadãos e consumidores dos municípios atingidos.



