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Cerca de 12,5 mil bancários, entre os quase 18 mil funcionários dos bancos, aderiram ao primeiro dia de greve da categoria nesta terça-feira (18), segundo balanço divulgado no início da tarde pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana. Entre as 509 agências na capital e entorno, 212 ficaram fechadas. Treze centros administrativos também não abriram devido a paralisação para pressionar os bancos a melhorar a proposta salarial. Em todo o Paraná, 366 das 1.537 agências estavam fechadas ao longo do dia.

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A reportagem percorreu dez agências bancárias do Centro da cidade e todas estavam fechadas pela manhã. Os caixas eletrônicos funcionam normalmente, porém, três locais, entre os visitados, não tinham envelopes para a realização de depósitos. São eles: Itaú, da Marechal Deodoro da Fonseca; Banco do Brasil, da Praça Tiradentes; e Caixa Econômica Federal, da Praça Carlos Gomes.

Nos locais em que faltam envelopes, os funcionários que auxiliam as pessoas nos postos de autoatendimento fazem recomendações aos clientes. A maioria deles diz para as pessoas procurarem o quanto antes agências dos bairros, pois não se sabe até quando os bancos dos locais mais afastados do Centro ficarão abertos.

A estimativa do Sindicato dos Bancários de Curitiba é de que, em um primeiro momento, as agências da região central fiquem fechadas. O movimento deve se espalhar com o passar dos dias para outros pontos da cidade.

Segundo o sindicato, as entidades patronais não entraram em contato nem fizeram contraproposta após a decisão pela paralisação e a categoria decidiu por iniciar a greve. A categoria reivindica aumento salarial de 10,25% (aumento real de 5%), mas os bancos ofereceram 6% (aumento real de 0,58%).

Funcionários também reivindicam participação nos lucros de três salários mais R$ 4.961,25, piso salarial do Dieese (R$ 2.416,38) e vales alimentação e refeição de R$ 622, entre outras solicitações.

Os bancários entregaram a pauta com as reivindicações no dia 1º de agosto; a data-base da categoria é 1º de setembro. Após nove rodadas de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), não houve acordo para o índice de reajuste.

Durante a greve, os caixas de auto-atendimento vão continuar funcionando normalmente para atender aos clientes.Segundo balanço do Dieese, quase a totalidade das categorias (97%) que fecharam acordo no primeiro semestre do ano tiveram aumento real e a média de aumento real recebido foi de 2,23% --o melhor resultado das negociações salariais acompanhadas pelo órgão desde 1996.

Os bancários argumentam que os altos executivos dos quatro principais bancos --Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander-- deve crescer 9,7% entre 2011 e 2012.

No ano passado, os bancários cruzaram os braços durante 21 dias, na greve que contou com participação recorde dos cerca de 500 mil bancários.

Febraban

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, disse na sexta-feira (14) que a entidade tinha até esta segunda para negociar com os bancários em vários Estados.

"Continuamos intensamente em processo de negociação. O interesse é evitar a paralisação, que não é boa para os bancos nem para os bancários --e muito menos para a população", disse o executivo. Portugal não comentou qual poderia ser a contraproposta dos bancos.

Cobertura interativa

A Gazeta do Povo está promovendo uma cobertura interativa com os leitores, para compartilhar informações sobre as agências bancárias abertas e fechadas, entre as 10h e 16h durante o período de greve. Para participar, compartilhe informações pelo Twitter, com o uso da hashtag #gpgreve, e pelo Facebook, no perfil da Gazeta do Povo – Economia. Os comentários são replicados dentro da matéria sobre a paralisação. O serviço retorna nesta quarta-feira (19), a partir das 10h.

Imagens do primeiro dia de greve

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