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Crescimento

Economia brasileira para de crescer após 16 meses, revela BC

Em maio, índice ficou estável após 16 meses seguidos de elevação. No acumulado do ano, porém, economia ainda cresce acima de 10%

O Índice de Atividade Econômica da instituição (IBC-Br) do Banco Central, divulgado nesta quarta-feira (13), mostra que a economia brasileira parou de crescer em maio deste ano. No mês retrasado, o indicador (após ajustes sazonais) permaneceu estável em 13,955 pontos, o mesmo patamar de abril. Com isso, foi interrompida uma série de 16 meses de crescimento, uma vez que o indicador vinha avançando desde janeiro de 2008.

Os números do BC mostram, porém, que a atividade cresceu fortemente de janeiro a maio deste ano, na comparação com igual período do ano passado - quando a economia brasileira sentiu os efeitos da crise financeira internacional. Nesta comparação, o indicador avançou 10,29%, também após ajustes sazonais. Nos quatro primeiros meses deste ano, havia crescido 10,5%.

Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a economia não está desacelerando. "Isso [dado do BC] não preocupa. Pode não estar crescendo tanto. É diferente de diminuir. Os dados do emprego que eu tenho são muito positivos", disse o ministro a jornalistas.

IBC-Br

O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco Central explicou que o IBC-Br "constitui uma medida antecedente da evolução da atividade econômica". Antes divulgado por estados, e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional.

O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos. "A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)", explicou o Banco Central, por meio do relatório de inflação de março.

Definição dos juros

O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, os juros básicos estão em 10,25% ao ano, após duas elevações seguidas (abril e junho) de 0,75 ponto percentual cada.

Com a demanda por produtos e serviços em alta, cresce o risco de que haja pressão sobre os preços. A estimativa dos analistas é de haverá novos aumentos da taxa de juros no decorrer deste ano. A expectativa do mercado financeiro é de que a taxa básica de juros atinja 12% ao ano no fim de 2010.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a previsão do mercado é de 5,45% para este ano, acima da meta central de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo (entre 2,5% e 6,5%). Para o PIB, a estimativa dos analistas das instituições financeiras é de um crescimento acima de 7,20% para 2010, o maior desde 1986.

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