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Crise

Economia da zona do euro tem forte queda da atividade

A economia da zona do euro sofreu sua pior contração já registrada no último trimestre de 2008, com quedas acentuadas das principais economias da região - Alemanha, França e Itália - gerando severas desconfianças sobre qualquer esperança de recuperação.

O Produto Interno Bruto (PIB) da região que agrega as 15 nações que usam o euro como moeda encolheu 1,5% no último trimestre de 2008 ante os três meses anteriores, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta sexta-feira.

Analistas esperavam uma contração trimestral de 1,3%. "Essas são contrações enormes na Europa, as maiores já vistas na maioria dos casos", afirmou Ken Wattret, economista do BNP Paribas.

Os mercados acionários, entretanto, não despencaram.

O índice europeu de ações subia 2,1%, às 10h27 (horário de Brasília), sustentado pela notícia que o governo dos Estados Unidos planeja conceder subsídios para os pagamentos de hipotecas para os proprietários com dificuldades.

O otimismo também era impulsionado pela expectativa de votação pelo Congresso dos EUA nesta sexta-feira do pacote de 789 bilhões de dólares para estimular a economia do país.

Alguns investidores tem se agarrado a alguns lampejos de esperança de recuperação com base nas pesquisas sobre atividade em janeiro, que sugerem que o final de 2008 pode ter sido a pior etapa do processo de desaceleração para as principais economias globais.

Os dados desta sexta-feira, entretanto, vão testar de maneira considerável essa teoria.

A maior economia da Europa, a Alemanha, sofreu uma queda recorde no último trimestre do ano passado, de 2,1%, a pior performance trimestral desde a reunificação do país em 1990.

O PIB da França amargou uma retração de 1,2% trimestre a trimestre, a mais acentuada em 34 anos. Economistas esperava uma queda de 1,1% para o período.

A Itália também não deu folga - a economia do país encolheu 1,8 por cento no trimestre, uma queda bem mais acentuada do que os 1,2% estimados. A retração foi a mais forte já registrada ao menos desde 1980, quando a série estatística foi iniciada.

"O melhor que podemos esperar é que o quarto trimestre marque o pior em termos de ritmo de contração", afirmou Martin van Vliet, economista do ING.

Na Holanda, o PIB encolheu 0,9% no trimestre, enquanto a economia austríaca teve retração de 0,2%, a primeira queda em aproximadamente oito anos.

Em Portugal, a queda foi de 2%. Na véspera, a Espanha já havia informado que a economia do país havia encolhido 1 por cento, a queda mais acentuada da atividade em 15 anos.

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