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São Paulo - Os economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) melhoraram suas expectativas quanto à recuperação da economia mundial, mas também notaram várias fragilidades embutidas nesse processo. Os governos ajudaram na retomada concedendo generosos subsídios, mas precisam voltar a "apertar o cinto", sob pena de enfrentarem problemas nas contas públicas que comprometem essa recuperação.

Essas análises fazem parte do relatório World Economic Outlook (Panorama Econômico Mundial), publicado ontem, no qual o Fundo projeta um crescimento de 4,25% para a economia global neste ano, 0,3 ponto porcentual acima da estimativa divulgada em janeiro. Para 2011, foi mantida a projeção de crescimento de 4,3%.

O Fundo ainda elevou suas projeções para o crescimento dos EUA neste ano (3,1%, número 0,4 p.p. acima da projeção anterior) e para o Japão (1,9%, número 0,2 p.p. acima da estimativa passada). Os economistas do FMI não alteraram suas projeções para o crescimento da China neste ano (10%), nem para as economias da zona do euro (1%).

Obstáculos

Os economistas do Fundo veem vários riscos para o crescimento mundial. Para começar, o nível de atividade das economias ainda depende das políticas públicas de estímulo ou "contracíclicas". O dilema é que o espaço para essas medidas "diminuiu sensivelmente enquanto fragilidades fiscais vieram à nota".

As condições financeiras também permanecem difíceis. Na visão do Fundo, os bancos ainda precisam se capitalizar e não devem recuperar os níveis anteriores de alavancagem (proporção entre os depósitos e os empréstimos) tão cedo. Além disso, o alto nível das dívidas públicas e dos déficits tem forçado os governos de países desenvolvidos a oferecerem juros mais altos para captar recursos no mercado internacional.

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