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Edson Luiz Campagnolo | Antônio Costa/Gazeta do Povo
Edson Luiz Campagnolo| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

Qual a expectativa da indústria quanto à segunda etapa do programa Brasil Maior?

O que mudou foi a abrangência do programa. O leque ficou maior e mais empresas ficarão mais competitivas. Eu mesmo vim a Brasília [de onde concedeu a entrevista por telefone] para reivindicar que outros setores que também passam por dificuldades sejam contemplados em uma terceira fase do programa.

Quais setores ainda carecem desses benefícios?

A indústria toda precisa cortar custos. Em especial, o setor de alimentos e bebidas tem sofrido com a forte concorrência de produtos importados que chegam às prateleiras com preços muito semelhantes aos alimentos brasileiros em função da nossa alta carga tributária. Outro setor é o de bolsas e mochilas, que tem IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] de 10% e que concorre com produtos que chegam ao Brasil às vezes de forma ilegal...

Compensa a cobrança da alíquota de 1% a 2% no faturamento em troca da desoneração da contribuição previdenciária na folha de pagamento?

É uma alternativa que vale a pena na maioria dos casos, sim. Grande parte dos setores desonerados são aqueles em que o custo com a folha é muito alto, com mão de obra intensa e pouca automação. Existem outros em que esta troca não é tão interessante, mas pelo menos há o corte de custos. Além do mais, esta é uma medida que estimula a geração de empregos formais.

Outro ponto da medida permite o repasse de mais R$ 45 bilhões do Tesouro para o BNDES financiar investimentos na indústria. É o suficiente?

É mais uma boa medida, apesar de ser paliativa, como todo o programa. Carecemos de uma política industrial efetiva. Esta medida, em especial, pode dar um fôlego a um dos principais problemas que a indústria precisa enfrentar, que é inovar.

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