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Depois de um ligeiro respiro em março, as vendas de veículos voltaram a cair em abril, levando as montadoras a cortar mais postos de trabalho e reduzir a produção. O resultado é que os números de veículos comercializados e produzidos no país entre janeiro a abril voltaram aos patamares de 2007.

Em abril, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (7) pela Anfavea, a associação das montadoras no país, foram vendidas 219,2 mil unidades (entre automóveis, utilitários, caminhões e ônibus), uma queda de 25,2% frente ao mesmo mês de 2014 e de 6,6% em relação a março.

Sem compradores nas revendas e os pátios cheios, a produção sofreu uma freada forte: foram fabricados no mês 217,1 mil unidades, 14,5% a menos que em março, e 21,7% abaixo de um ano antes. Apesar disso, os estoques que eram de 360,4 mil unidades, subiram para 367,2 mil no mês passado, número que corresponde a 50 dias de vendas.

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Além da antecipação de férias coletivas, da concessão de licenças remuneradas e da suspensão temporária de contratos de trabalho (layoff), as montadoras continuaram cortando pessoal de seus quadros.

Nos quatro primeiros meses do ano foram cortados 4,9 mil postos no setor, e em 12 meses até abril esse número chega a 14,6 mil, uma redução de quase 10% do total de postos da indústria automobilística no país: o total de empregados do setor passou de 154,2 mil para 139,6 mil trabalhadores no período (incluindo o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias).

“Fizemos ajustes de pessoal basicamente utilizando programas de demissões voluntárias (PDV). Mas reconheço que mesmo com essa redução ainda estamos com excedente de pessoal”, afirmou Luiz Moan, presidente da Anfavea.

Segundo ele, os meses de maio e junho também devem ser ruins para o setor, mas a tendência é de melhora no segundo semestre. “Temos sinais de que o pior já passou”, disse.

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