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Bolsa de Valores

Em dia instável, dólar volta a subir e fecha acima de R$ 2,50

Moeda americana terminou o dia cotada a R$ 2,536, em alta de 2,46%. Para analistas, saída de recursos do país influencia o movimento

O dólar comercial voltou a fechar em forte alta nesta quinta-feira (4), superando a cotação de R$ 2,50 no fechamento. A moeda ganhou força no fim do pregão e terminou o dia com valorização de 2,46%, negociada a R$ 2,536 para a venda. Com isso, no acumulado do ano, o dólar já se valorizou 42,71% frente ao real.

Nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse que a autoridade monetária gastou, até o fim de novembro, US$ 6,7 bilhões de suas reservas em vendas diretas de câmbio no mercado. Somadas, todas as formas de intervenção do BC no mercado de câmbio já totalizam US$ 49,5 bilhões.

Mercado atento

Mais uma vez, o mercado de câmbio acompanhou de perto o vaivém das bolsas internacionais e repercutiu medidas econômicas como os cortes de juros feitos pelo Banco Central da Europa (BCE) - que reduziu a taxa em 0,75 ponto percentual - e o Banco da Inglaterra, que cortou o juro em 1 ponto percentual.

"O mercado vem olhando bastante as decisões (de política monetária) dos bancos centrais. Essas medidas devem ajudar um pouco na recuperação da economia mundial", avaliou Gerson de Nobrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento.

Repercussão

Na quarta-feira, dados do Banco Central mostraram que o fluxo cambial no país ficou negativo em US$ 7,159 bilhões em novembro, fruto principalmente de saídas por transações financeiras.

"Temos um grande volume de incerteza se concentrando agora", afirmou Voss, explicando que os investidores estão procurando precificar qual será o tamanho da saídas de recursos neste final de ano, principalmente com a chegada de vencimentos de diversos contratos e remessas de empresas multinacionais.

"E como o Banco Central vai encarar?", afirmou Voss, ressaltando que a autoridade pode procurar atuar para estabilizar os mercados, como pode não intervir por perceber o movimento como uma reação pontual de curto prazo.

João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora, acredita que a forte saída de recursos do país é reflexo da crise econômica internacional. "As empresas estão bastante preocupadas. Se tivermos uma recessão no mundo à fora, vamos ter um superávit comercial menor."

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