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O dólar fechou estável frente ao real nesta segunda-feira, após uma sessão marcada por ajustes e sem uma tendência clara no mercado internacional de câmbio.

A moeda norte-americana terminou a R$ 1,666. Às 16h30, o dólar exibia variação negativa de 0,1% frente a uma cesta com as principais divisas, com queda também de 0,1% em relação ao euro.

O volume de negócios registrados na clearing (câmara de compensação) de câmbio da BM&FBovespa somava 2,5 bilhões de dólares perto do fechamento do mercado, abaixo da média diária de cerca de 3 bilhões de dólares em outubro.

O dólar chegou a subir com mais vigor no começo do dia, para a máxima de R$ 1,676, com ajustes diante da incerteza sobre a extensão das prováveis medidas de estímulo monetário nos Estados Unidos.

A expectativa de que o Federal Reserve dê mais incentivos à economia foi o principal fator para o enfraquecimento do dólar nas últimas semanas. Nesta segunda-feira, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, disse que a economia dos Estados Unidos está fraca o suficiente para a adoção de mais estímulos.

"O dólar está preso ao movimento de fora", disse o economista de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado. "Com o texto que (Ben) Bernanke (chairman do Fed) apresentou na sexta-feira, não há dúvida; ele já tentou explicar o porquê de tomarem essa decisão", completou, em referência ao discurso de Bernanke em uma conferência em Boston.

No Brasil, o mercado continua atento a possíveis medidas complementares do governo para frear a valorização do real - que já supera 1,5% no mês.

A jornalistas, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que "a melhor postura neste momento é aguardarmos."

"Qualquer decisão a respeito será anunciada no devido tempo, se existir", acrescentou.

Na semana passada, uma fonte do Ministério da Fazenda afirmou à Reuters que medidas adicionais contra a queda do dólar poderiam ser anunciadas na terça-feira. Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou ter preocupação com o comportamento do mercado futuro de câmbio, em que investidores estrangeiros mantêm mais de 16 bilhões de dólares em posições vendidas na moeda norte-americana.

Neste mês, o governo já elevou a alíquota de IOF sobre a entrada de capital estrangeiro para aplicações em renda fixa.

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