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Zuckerberg prometeu que não haverá mudanças no aplicativo Instagram após a aquisição | Antonio Bronic/Reuters
Zuckerberg prometeu que não haverá mudanças no aplicativo Instagram após a aquisição| Foto: Antonio Bronic/Reuters

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O aplicativo de compartilhamento de fotos via celular Instagram foi vendido por US$ 1 bilhão em dinheiro e ações para o Facebook, na maior aquisição da história da gigantesca rede social. Com apenas 13 funcionários, a minúscula empresa tecnológica de São Francisco foi criada há menos de dois anos e ainda não tinha um modelo de negócio – nunca gerou um dólar em receita.

"Estou empolgado para anunciar que adquirimos o Instagram e seu talentoso time passará a integrar o Facebook", escreveu o CEO da maior rede social do mundo, Mark Zuckerberg, em sua página pessoal. Com cerca de 30 milhões de usuários, o Instagram lançou na semana passada um aplicativo em celulares com sistema operacional Android – antes, funcionava apenas em iPhones – e deve elevar ainda mais o total de membros.

A transação é inédita para o Facebook, e o próprio Zuckerberg, que comandará o IPO (oferta inicial de ações) da rede social nos próximos meses, disse ter sido um caso isolado. "Não planejamos novas compras como esta." Apesar de não haver confirmação oficial, especula-se que o Facebook se aproximou dos executivos do Instagram e ofereceu US$ 1 bilhão, equivalente ao dobro do estimado por analistas do mercado de tecnologia apenas uma semana atrás.

Ao todo, 5 milhões de fotos são publicadas no Instagram todos os dias. Uma das vantagens do aplicativo é o uso de filtros nas imagens, provocando uma experiência diferente para amadores, que parecem ter tirado fotos profissionais. O presidente Barack Obama, com dezenas de milhares de seguidores, tem uma página pessoal e é um dos "fotógrafos" mais populares.

Uma das preocupações tanto de Zuckerberg quanto dos executivos do Instagram foi deixar claro que o aplicativo não desaparecerá nem alterará seu formato, que deve ser aprimorado. No passado, o Facebook fechou sites menores depois de adquiri-los. "Há um compromisso em deixar o Instagram independente. Milhões de pessoas ao redor do mundo gostam do brand do aplicativo Instagram e nosso objetivo é disseminar a marca ainda mais", disse Zuckerberg. Kevin Systrom, CEO do Instagram, disse em seu blog que o aplicativo "não vai desaparecer". "Trabalharemos junto com o Facebook para aprimorar o Instagram. O Instagram que vocês conhecem será o mesmo." Segundo ele, "todos estão empolgados em integrar o Facebook".

Motivo

Analistas afirmavam ontem que dois fatores pesaram na decisão do Facebook. Primeiro, a rede social busca aprimorar a sua plataforma em celulares, e o Instagram tem sido um inovador em aparelhos móveis. Em segundo lugar, havia o temor de que o Google poderia adquirir o aplicativo ou o próprio Instagram se transformar em rival. Assim como o Facebook com Eduardo Saverin, o Instagram também tem um brasileiro entre seus dois fundadores. Mike Krieger, que viveu em Alphaville antes de estudar na Universidade Stanford, possui 10% das ações e deverá, aos 26 anos, embolsar cerca de US$ 100 milhões, segundo a revista Wired. Em sua página no Twitter, onde tem 377 mil seguidores, ele comentava sobre bandas de rock, sem mencionar a bilionária transação. O CEO do Instagram receberá US$ 400 milhões. Os outros 13 funcionários dividirão US$ 100 milhões e o restante ficará com acionistas, como a Benchmark Capitale a Baseline Ventures.

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