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NEGÓCIOS

Empresa com fábrica no Boqueirão é líder nacional em câmeras para radares

Pumatronix quer ganhar terreno com sistemas de controle para rodovias, condomínios, estacionamentos e outras instalações

Sylvio Calixto, diretor comercial: “Não queremos reduzir nossa presença no mercado de radares, e sim crescer mais rápido em outras áreas”. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Sylvio Calixto, diretor comercial: “Não queremos reduzir nossa presença no mercado de radares, e sim crescer mais rápido em outras áreas”. (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Maior fornecedora de câmeras digitais para radares de trânsito do país, a Pumatronix está voltando seu foco para novos mercados. A ideia é que os sistemas de controle para rodovias, condomínios, estacionamentos e outras instalações respondam por uma fatia cada vez maior do faturamento da companhia, que tem fábrica no Boqueirão, em Curitiba.

“Em 2014, cerca de 70% das receitas vinham do mercado de radares. Em 2015 esse porcentual caiu para 60%, e deve continuar diminuindo. Não queremos reduzir nossa presença no mercado de radares, e sim crescer mais rápido em outras áreas”, diz Sylvio Calixto, sócio e diretor comercial da Pumatronix.

GALERIA: Veja fotos da linha de produção e de equipamentos da Pumatronix

À medida que avança em outros ramos, a empresa fica menos vulnerável à instabilidade do setor público. Embora ela não tenha – nem pretenda ter – qualquer contrato com governos, seus principais clientes prestam serviços para prefeituras, estados e a União. E sentiram no caixa o impacto do caos das finanças públicas.

Com diferentes governos atrasando pagamentos e adiando projetos, fabricantes de radares pisaram no freio. O resultado foi que, no ano passado, as receitas da Pumatronix diminuíram pela primeira vez desde a fundação, em 2007. A queda foi de aproximadamente 10%, segundo a empresa, que não revela valores. O objetivo para este ano é retornar aos patamares de 2014. “É difícil, mas é possível”, diz Calixto.

Frentes de expansão não faltam. Além de fabricar as câmeras, a Pumatronix também fornece softwares completos de monitoramento. Um dos trunfos da empresa é uma tecnologia que reconhece automaticamente os caracteres que aparecem em determinada imagem, como os números e letras da placa de um carro, por exemplo.

A tecnologia não é exclusiva, mas há poucos concorrentes nessa área – o principal fica na Hungria. Suas utilidades vão além da fiscalização de trânsito. Em um estacionamento, um sistema de leitura de caracteres pode ajudar no controle de entrada e saída de veículos. Em um condomínio, pode abrir automaticamente o portão a carros cadastrados. Em um porto ou terminal ferroviário, reconhecer códigos de contêineres ou vagões. E, em todas as situações, gerar estatísticas com base no que foi fotografado.

O último lançamento da Pumatronix é um sistema de controle de evasão de pedágio, que registra veículos que passam pelas praças sem pagar. O uso desse dispositivo foi regulamentado em outubro pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), e o produto da empresa paranaense, o primeiro do gênero no país, foi homologado pelo Inmetro na semana passada.

Exportações

A empresa, que já exporta para Costa Rica, Argentina e Colômbia, também quer ganhar terreno no mercado internacional. Em 2014, pouco mais de 1% do faturamento veio das exportações. No ano passado, essa fatia foi de 3%, e a expectativa para 2016 é chegar a 5%. Uma das metas é entrar no mercado norte-americano.

Máquinas compradas de empresas que encerraram atividades (como a Siemens Enterprise Communications, que deixou Curitiba em 2013) fazem a maior parte do trabalho na linha que produz as placas para as câmeras da Pumatronix. | (foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

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Máquinas compradas de empresas que encerraram atividades (como a Siemens Enterprise Communications, que deixou Curitiba em 2013) fazem a maior parte do trabalho na linha que produz as placas para as câmeras da Pumatronix.

Os funcionários da linha de produção instalam, nas placas, itens mais pesados – como os capacitores, que armazenam energia para o disparo do flash da câmera. | (foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

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Os funcionários da linha de produção instalam, nas placas, itens mais pesados – como os capacitores, que armazenam energia para o disparo do flash da câmera.

A maioria dos 50 empregados da Pumatronix trabalha no desenvolvimento de software e hardware. | (foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

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A maioria dos 50 empregados da Pumatronix trabalha no desenvolvimento de software e hardware.

Câmeras com flash embutido: a Pumatronix nasceu da busca por alternativas mais eficientes às câmeras analógicas. | (foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

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Câmeras com flash embutido: a Pumatronix nasceu da busca por alternativas mais eficientes às câmeras analógicas.

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