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Dimas Silva Júnior, fundador da MedCloud, participou da aceleração da Artemisia para consolidar o modelo de negócio da empresa | /Divulgação/Artemisia
Dimas Silva Júnior, fundador da MedCloud, participou da aceleração da Artemisia para consolidar o modelo de negócio da empresa| Foto: /Divulgação/Artemisia

Com o desenvolvimento de um aplicativo que permite que clínicas disponibilizem e compartilhem prontuários e exames com seus pacientes, a empresa paranaense MedCloud pretende acelerar e digitalizar o diagnóstico médico. Fundada em Ponta Grossa, a prestadora de serviço quer que os pacientes tenham acesso a todo o seu histórico médico em uma única base de dados, que clínicas reduzam gastos com impressão e armazenamento e que médicos ofereçam um diagnóstico muito mais rápido ao paciente.

O aplicativo, que recebe o mesmo nome da empresa, já possui 49 clínicas cadastradas e aproximadamente 520 mil usuários. A solução está presente em dez estados diferentes do Brasil, incluindo o Paraná, e também no Uruguai, Argentina, Índia, Emirados Árabes e Estados Unidos. A intenção é ampliar a presença nacionalmente e encerrar o ano com 150 clientes cadastrados.

O modelo de negócio funciona da seguinte forma: as clínicas contratam o serviço e passam a disponibilizar os resultados dos exames, inclusive de ressonância, através do aplicativo. O médico que solicitou o exame e o paciente são cadastrados gratuitamente na plataforma e têm acesso aos resultados. O médico pode, inclusive, antecipar o diagnóstico e o tratamento. Já o paciente passa a ter acesso a todo o seu histórico e, quando vier a mudar de prestador de serviço, pode disponibilizar as informações para o novo médico. A tecnologia oferece funcionalidades e linguagens específicas para cada categoria de usuário.

Para pacientes e médicos, não há nenhum custo para usar a plataforma. Somente as clínicas pagam uma mensalidade que começa a partir de R$ 399 mensais ou por exame inserido no sistema. “Nosso modelo de negócio é viral. Quando fechamos com uma clínica, todos os médicos que solicitam naquela clínica passam a ter acesso e o mesmo acontece com os pacientes”, diz Dimas Silva Júnior, fundador da MedCloud.

A grande vantagem de contratar o serviço, segundo Silva Júnior, é a redução de custos. Ele explica que as companhias que realizam exames médicos têm muitos gastos com impressão, armazenamento e entrega. “Com a adesão à plataforma, elas eliminam esses custos e podem oferecer exames a um preço mais competitivo aos clientes”, afirma Silva Júnior.

Para ganhar espaço no mercado, a empresa paranaense foca em fechar contratos com pequenas e médias clínicas. “As grandes clínicas têm aquela mentalidade fechada, de serem proprietárias do exame”, explica o fundador da MedCloud. A ideia da empresa é justamente inverter esse conceito, dando mais autonomia ao paciente que passar a ter seus exames e diagnósticos em uma mesma base, podendo compartilhar com outros médicos.

A ideia do negócio surgiu em 2009, quando Silva Júnior identificou uma lacuna no setor de saúde. O aplicativo ganhou forma em 2014, após a empresa passar pelo processo de aceleração da Artemisia, pioneira no país no fomento de negócios de impacto social. Até o momento, foram investidos R$ 500 mil na MedCloud, que espera ter retorno do investimento em até um ano e meio.

Social

Ao passar pela aceleração da Artemisia, a MedCloud modelou o seu negócio para ser integrar o setor 2.5, ramo da economia que interliga as atividades sociais e ambientais com a lucratividade, de forma inclusiva. A empresa paranaense passou a fazer parcerias com clínicas que atendem pessoas de baixa renda para que essas prestadoras de serviço possam utilizar o aplicativo. Com isso, as clínicas conseguem reduzir custos com impressão e armazenamento e oferecem um serviço mais acessível à população de baixo poder aquisitivo.

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