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Balanço

Interior gera 80% das vagas e garante alta das contratações no Paraná

Fernando Jasper

Depois de dois anos de baixa, em 2013 o Paraná conseguiu elevar ligeiramente a geração de empregos com carteira assinada. E o interior foi fundamental para isso.

O estado criou 90,3 mil postos formais no ano passado, cerca de 1,1 mil a mais que em 2012. O ano não foi dos melhores para Curitiba e região metropolitana, onde o número de admissões baixou 26% em relação ao ano anterior, para 18,5 mil – o menor desde o início da série ajustada do Caged, em 2005. Por outro lado, nos municípios do interior a geração de empregos aumentou 12%, com a contratação de 71,8 mil pessoas.

Com isso, o interior foi responsável por por oito em cada dez postos de trabalho criados no Paraná, superando o recorde de 2012, quando respondeu por 72% do total.

Setores

Em termos proporcionais, quem mais contratou trabalhadores pela CLT no Paraná foi a administração pública, que admitiu 2,1 mil pessoas e elevou em 5,8% seu quadro de celetistas. Em números absolutos, o campeão foi o setor de serviços, que preencheu 39,2 mil vagas formais em 2013, o equivalente a 43% das contratações do estado.

Um dos destaques negativos foi a construção civil, que contratou apenas 3,1 mil pessoas no ano passado. Os resultados do setor têm caído desde 2010, ano em que as construtoras criaram pouco mais de 20 mil vagas formais no Paraná.

3.º lugar

As 90,3 mil vagas formais criadas em 2013 colocaram o Paraná no terceiro lugar da lista dos estados que mais geraram emprego, atrás de São Paulo (267,8 mil) e Rio de Janeiro (100,8 mil). Em termos relativos, o desempenho paranaense foi mediano: ao longo do ano, o total de empregados aumentou 3,5% no estado, o 14º melhor resultado do país.

A criação de empregos com carteira assinada desacelerou no ano passado e registrou o pior índice desde 2003. Apesar da queda em relação a 2012, atribuída à desaceleração da economia, o país acrescentou pouco mais de um milhão de postos formais ao mercado de trabalho.

INFOGRÁFICO: Brasil gera cada vez menos empregos com carteira assinada

Segundo o Ministério do Trabalho, 1,117 milhão de vagas foram criadas em 2013, o pior resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em dez anos. O governo avalia que o mercado de trabalho permanece aquecido e estima a criação de 1,4 milhão a 1,5 milhão de novos postos neste ano.

Para o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o Brasil está criando "empregos [em quantidades] razoáveis" em comparação com os outros países. "Aí está o milagre brasileiro. O mundo todo está querendo saber como nós conseguimos, em paralelo a toda essa crise, gerar empregos", afirmou.

Na comparação com 2012, quando o país criou 1,37 milhão de vagas, o resultado de 2013 teve queda de 18,6%. O dinamismo dos empregos deve ser usado pela presidente Dilma Rousseff como bom resultado das políticas de seu governo na campanha à reeleição neste ano.

"O mercado de trabalho continua abrindo vagas porque, apesar de ser num ritmo menor, a economia continua crescendo", diz Flavio Serrano, economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil). O ritmo menor de geração de empregos, segundo o especialista, resulta de uma acomodação marginal do mercado de trabalho com um menor crescimento da economia, mas forte o bastante para dar vigor ao consumo.

Aquecimento

"Se fizermos análise dos últimos três meses, vemos que há indicativo de aquecimento do emprego", afirmou o ministro do Trabalho. Em dezembro, foram fechadas 449,4 mil vagas no País, um resultado 10,6% melhor do que em dezembro de 2012, quando foram demitidos 503 mil trabalhadores. "Os números são excelentes, o que faz com que a gente tenha a fé que teremos em 2014 um ano melhor ainda do que foi 2013", disse.

Para que a criação de vagas neste ano supere o ano anterior, o ministro aposta na força do setor de serviços, que, segundo ele, continua sendo o carro-chefe da geração de empregos. Ele ainda disse que a indústria cresceu e "tem tudo para crescer mais ainda neste ano".

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