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Leandro Duarte investiu R$ 35 mil e transformou negócio | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Leandro Duarte investiu R$ 35 mil e transformou negócio| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Mito da proteína

A desmistificação da ideia da proteína como nutriente exclusivo de carnes é um dos desafios da Natural Science. "O vegetarianismo não é um empecilho, as pessoas têm que buscar alternativas e não simplesmente seguir quando o treinador manda comer frango grelhado, por exemplo", diz Leandro Duarte. A estratégia da empresa para vencer a briga foram as parcerias com atletas, fisiculturistas e chefs de cozinha, que utilizam os produtos da marca em programas de TV e redes sociais.

De olho no crescente mercado de saúde e qualidade de vida, o empresário Leandro Costa Duarte adquiriu em 2012 a marca de suplementos curitibana Natural Science, que passava por uma crise. Após algumas dificuldades e muito estudo, ele encontrou no bem-estar das pessoas também a receita para a saúde de seu negócio: ser uma empresa de suplementos exclusivamente vegetarianos. Em menos de dois anos, teve um crescimento de 600%, com mais de 80 pontos de venda, e fabrica a segunda proteína vegetal mais vendida do país.

Duarte investiu R$ 35 mil na aquisição da empresa. Hoje com mais de 20 funcionários, pretende fechar o ano com cem pontos de venda e dobrar sua produção em 2015, com investimento em novos produtos. Além das proteínas vegetais, estão entre os produtos da empresa energéticos pré-treino, polivitamínicos e a primeira barrinha de proteína vegana produzida no Brasil.

A ideia surgiu quando, em busca de novidades nos Estados Unidos, país referência no setor, Duarte percebeu a demanda por suplementos vegetarianos não oriundos do leite. Motivado também pelo aumento da população com intolerância a glúten e lactose, ele criou produtos exclusivos vegetarianos e veganos que com o sucesso acabaram se tornando especialidade da Natural Science.

Mercado promissor

Segundo informações do Ibope, em 2012, os vegetarianos representavam 8% da população brasileira. Em Curitiba, são mais de 11%. "Acredito que essa mudança de pensamento está muito associada à busca crescente por qualidade de vida", diz o empresário, que também se tornou adepto do vegetarianismo.

Com um público engajado, que busca conhecer a origem de tudo o que consome, vêm também as exigências. Por isso, a empresa tem preocupações como a origem de cada ingrediente, o enriquecimento dos produtos com vitamina B12, da qual os vegetarianos costumam carecer, a redução dos teores de sódio e açúcar e também a oferta de embalagens grandes, para poupar o meio ambiente. "É um público informado, eles entram em blogs, fóruns, olham as embalagens, o site das empresas", descreve Duarte, que aposta nas redes sociais para maior proximidade com o cliente.

O investimento em pesquisa e inovação se torna essencial para a empresa oferecer produtos de qualidade com preços competitivos, principalmente diante da concorrência dos importados, que ainda dominam o mercado.

A empresa é a primeira no país a produzir proteína vegetal feita de arroz integral. Responsável por 50% das vendas, é a segunda mais vendida do país, atrás somente da proteína de soja. Cada novo produto desenvolvido exige um investimento entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. As novas apostas são a proteína de ervilha, tendência internacional, e a Vegbar Protein, primeira barra de proteína vegana de fabricação nacional, que deve chegar ao mercado em meados de dezembro. No próximo ano, a empresa deve estrear no segmento de alimentação.

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