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Hurb

Empresário que quebrou empresa avaliada em bilhões é preso por roubo de obras de arte

Ex-CEO da plataforma de viagens Hurb, João Ricardo Mendes, foi preso acusado de roubar obras de arte de um hotel e de um escritório dentro de um shopping. (Foto: Reprodução/Imagens divulgadas pela Polícia Civil do RJ)

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O ex-CEO da plataforma de turismo Hurb (antigo Hotel Urbano), João Ricardo Mendes, de 44 anos, foi preso por suspeita de furto de obras de arte de um hotel e de um escritório dentro de um shopping na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona Oeste do Rio de Janeiro.

Mendes foi detido em flagrante na sua cobertura de luxo, no mesmo bairro, após a polícia reconhecê-lo nas imagens das câmeras internas do shopping. No seu apartamento, foram encontrados três esculturas de cerâmica e um dos quadros levados do hotel, avaliados em cerca de R$ 23 mil. Apenas uma pintura ainda não foi recuperada.

Segundo a Polícia Civil, ele tentou fugir, mas foi capturado no terraço da cobertura. O material recuperado foi devolvido aos proprietários e a polícia continua a procura da última obra. A defesa do empresário não se manifestou até o momento.

Ministério do Turismo cancelou o cadastro da Hurb

Em 2011, Mendes fundou a Hurb com seu irmão, João Eduardo Mendes. A plataforma operava com um sistema de datas flexíveis, pacotes, passagens e hospedagens abaixo do valor de mercado. Os viajantes podiam escolher três opções de data e a empresa confirmava 30 dias antes. Em 2016, quando a Booking Holdings comprou uma parte da empresa, a Hurb chegou a ser avaliada em R$ 2,6 bilhões.

Na pandemia, a empresa vendeu vários pacotes com validade de dois anos, mas com a lenta retomada do setor, não conseguiu cumprir as vendas antecipadas. Milhares de clientes levaram calote. Ficaram com a conta para pagar sem usufruir da viagem. Até meados deste mês, o Hurb acumulava mais de 34 mil processos judiciais no Rio de Janeiro, segundo o jornal "O Globo".

Em 2023, Mendes renunciou ao cargo de CEO do Hurb após uma série de conversas polêmicas virem à tona, como ameaças e xingamentos em grupos de WhatsApp, chamando consumidores de "retardado" e "bundão".

Mendes chegou a negociar com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), mas as conversas foram encerradas em abril. No dia 14 de abril, o Ministério do Turismo cancelou o cadastro da Hurb, o que a impede de trabalhar no setor turístico. O site foi tirado do ar.

A empresa também deve apresentar informações detalhadas sobre a situação fincaneira, tais como o número de contratos ainda pendentes, o valor total devido aos consumidores e a relação dos clientes afetados. O prazo para a Hurb apresentar recurso é de 10 dias, contados a partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União no último dia 14.

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