Reunidos com o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) pediram ontem que o governo federal acelere investimentos como forma de enfrentar a crise econômica internacional. O presidente do Lide Economia, Paulo Rabello de Castro, defendeu uma contenção da despesa pública que permita dar "mais força" ao plano de investimentos.
"Conter a despesa pública, principalmente a despesa corrente de forma a abrir espaço para aquilo que realmente importa para o Brasil enfrentar a gravíssima crise mundial que temos, que é acelerar investimentos. Portanto, o foco da agenda Brasil é dar mais força para o plano de investimentos que já está em curso e que pode ser acentuado se houver por exemplo, uma repactuação dos termos das dívida dos Estados", afirmou Rabello.
O empresário, acompanhado do presidente do Lide, João Dória Jr., entregou uma proposta de "agenda" para o Brasil até 2020. Segundo Rabello, trata-se de "uma agenda Brasil para o avanço acelerado do país e com proposituras que foram bastante bem recebidas pelo ministro Guido Mantega e pelo vice-presidente da República".
O documento expõe sugestões para cinco temas que devem ser "realinhados" a longo prazo. Além da contenção das despesas públicas para permitir mais investimentos , os empresários defendem a simplificação fiscal. Segundo Paulo Rabello, o contribuinte "hoje sai do vermelho de pagar impostos para o azul, que é trabalhar para ele mesmo".
Na defesa da simplificação dos tributos, Paulo Rabello fez um apelo para que haja um único imposto na circulação das mercadorias e serviço do país. "Hoje o contribuinte tem que enfrentar o ICMS, mais o PIS, mais a Cofins, mais o IPI, mais a Cide. [É preciso] caminhar de volta para retomar o projeto que é do próprio ministro Guido Mantega, que foi apresentado ao Congresso em 2008, mas depois recuado."



