Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Fiesp

Empresas defendem redução de jornada de trabalho e salário

Medidas seriam alternativas ao desemprego, segundo empresários. Sem juro menor, "parte da culpa do desemprego será do governo", diz Skaf

Em reunião do Conselho Superior Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cerca de 30 empresários foram unânimes sobre a redução de jornada de trabalho com redução de salário como alternativas ao desemprego.

"Há unanimidade neste ponto. Grandes grupos estudam essa possibilidade para evitar demissões", disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, após o encontro que reuniu presidentes da Vale, Embraer, grupo Votorantim, Gol, Gradiente, entre outros nesta quarta-feira (14).

De acordo com Sakf, a idéia é acelerar esse "entendimento" com sindicatos trabalhistas e patronais, partindo de São Paulo como exemplo, em busca de um cenário mais claro para o tema já na quinta-feira da semana que vem, quando a entidade se reunirá novamente com sindicalistas, a exemplo do que já fez na terça-feira.

Mesmo sem a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no encontro, Skaf diz que há canal de comunicação com o sindicato, mas que "isso será feito com CUT ou sem CUT". Na avaliação de Skaf, é preciso "coragem para quebrar paradigmas" no atual cenário em benefício de todos.

Pressionadas pela retração do crédito internacional e pela redução da atividade, as empresas buscam entendimento com sindicatos para que a medida de redução de 25% da jornada de trabalho e do salário, prevista em lei, possa ser adotada o mais breve possível.

Skaf também informou que os empresários reunidos não se comprometeram a não demitir. Ele ressaltou que a possibilidade está dentro da lei e que a Fiesp tem estimulado esse tipo de acordo no lugar dos possíveis cortes.

Selic

Os empresários também concordaram que é necessária uma taxa básica de juros menor. Segundo Skaf, "se a taxa de juros não baixar, parte da culpa do desemprego será do governo", disse.

Ele citou que em muitos países a taxa foi reduzida e em parte deles está negativa. "Não haveria nenhum problema se a taxa estivesse em 8, 9%", afirmou, referindo-se à taxa que hoje é de 13,75%.

Segundo Skaf, com uma taxa de 8,75%, o Brasil deixaria de pagar algo como "R$ 70 bilhões em juros da dívida".

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.