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Os salários dos trabalhadores que conseguem uma vaga no mercado formal representam 80% da renda daqueles que são demitidos. O dado consta em uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Senai, realizada em parceria com o Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Segundo o diretor do Instituto, João Luiz Saboya, a diferença de 20% é muito alta e é uma conseqüência da alta rotatividade do emprego no Brasil.

- A expectativa em qualquer lugar do mundo é que o admitido receba menos que o desligado, mas a diferença é muito alta no caso do Brasil - afirmou Saboya.

Das 50 microrregiões (áreas que estão fora das regiões metropolitanas), que mais empregaram no período de 2000 a 2004, 39 estão localizadas no Sul e Sudeste do país, sendo 17 no estado de São Paulo e 11 são capitais.

Fora dessas áreas, as maiores contratações estão ligadas aos setores tradicionais, sobretudo alimentos e bebidas (cana-de-açúcar e álcool).

A pesquisa revelou também que a cada quatro empregos criados pela indústria de 2000 a 2004, três estão nas microrregiões.

Nesse mesmo período, mostra a pesquisa, apesar de ter havido uma um movimento do emprego em direção ao interior do país, o emprego ainda permaneceu concentrado nas regiões desenvolvidas, sobretudo Sudeste e Sul do país. Essas regiões foram, respectivamente, responsáveis por 42% e 33% das vagas criadas no período, que totalizaram 4,17 milhões de empregados com carteira assinada.

Para Saboya, uma das principais causas que leva a interiorização do emprego são os incentivos oferecidos pelo governo e os custos, principalmente salário. A média salarial nas capitais é de 2,3 salários mínimos, enquanto que fora dessas áreas é de 1,9 salários mínimos.

A pesquisa mostrou que as áreas que mais empregaram foram Porto Alegre com a abertura de 48.496 postos, seguidos por São Paulo (35.801), Campinas, Curitiba e Manaus. O Rio de janeiro aparece em 14º lugar com um saldo positivo de 12.802 empregos.

Segundo o professor, o Rio tem mesmo dificuldades de abrir novas vagas, apesar da indústria de petróleo e áreas de refino. Segundo Saboya essas atividades costumam pagar melhores salários, mas dependem de menor número de trabalhadores.

Em contrapartida, as áreas que mais eliminaram empregos foram Pernambuco - com 3.817 postos fechados -, o município de Cornélio Procópio, no Paraná, (1.902 postos fechados); as regiões do norte do Araguaia, no Mato Grosso; João Pessoa, na Paraíba, e Teresina, no Piauí.

A pesquisa foi encomendada pelo Senai e envolveu outros setores além da indústria, como comércio, serviços, administração pública, construção civil e outros. A pesquisa utilizou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informação Social (Rais), órgãos do Ministério do Trabalho. Os dados são referentes apenas ao mercado formal.

Uma reunião nesta quinta-feira deve definir se o gado com suspeita de aftosa no Paraná será ou não sacrificado. A partir das 13h30, no auditório da Secretaria da Agricultura do Paraná, reúnem-se os membros do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), que tomará, junto com o govermno a decisão sobre o abate dos animais.

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