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A tecnologia transforma o potencial mecânico das bicicletas na corrente elétrica que abastece o evento | Divulgação/Inffinito
A tecnologia transforma o potencial mecânico das bicicletas na corrente elétrica que abastece o evento| Foto: Divulgação/Inffinito

Uma sessão de cinema inusitada está rodando o Brasil. Para assistir aos filmes, é preciso suar a camisa e pedalar, gerando a energia necessária para fazer funcionar o projetor. De 21 de maio, até o final de outubro, dez cidades brasileiras vão receber a primeira edição do Cine Pedal Brasil, um festival de cinema itinerante realizado pela produtora Inffinito, que trouxe a tecnologia da Inglaterra.

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Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre e Belo Horizonte serão as primeiras capitais a receber a atração. Brasília, Goiânia, Salvador, Recife e Natal também estão no roteiro. O Paraná ainda não entrou no cronograma, mas, segundo Adriana Dutra, diretora do evento, as expectativas são para que a proposta chegue a todo o país nos próximos anos. “Prefeituras e governos estaduais que desejem firmar parceria podem entrar em contato conosco”, sugere. O Cine Pedal já passou por outros países da América Latina, como Chile, Argentina e Uruguai.

Como funciona?

Dez bicicletas fixas fornecidas pelo evento e outras dez bases nas quais o público pode encaixar suas próprias bikes, de qualquer modelo, ficam disponíveis nas praças públicas onde ocorrem as exibições. A ideia é que os espectadores pedalem juntos e gerem, no mínimo, 1.300 watts de potência para fazer o sistema funcionar. No local, haverá um painel exibindo, em tempo real, a energia produzida a cada minuto. A porção também é suficiente para carregar até seis dispositivos eletrônicos, como celulares e tablets, do público presente.

Divulgação Inffinito

A tecnologia transforma o potencial mecânico das bicicletas em corrente elétrica por meio de um equipamento condensador. Ele, por sua vez, produz a corrente elétrica que abastece o projetor, o sistema de som e garante a iluminação do encontro. “No início, tudo está no escuro. Conforme pedalam, as pessoas começam a ouvir a música, os diálogos do filme e, por fim, veem as imagens. A ideia é que percebam que, quando somam esforços, conseguem gerar energia por meio de fontes limpas e provocar transformação”, explica Adriana. A presença de especialistas dispostos a dialogar sobre mobilidade urbana e questões ambientais também promete movimentar o festival.

Um pedal manual – que pode ser utilizado por cadeirantes, idosos ou crianças – também será disponibilizado no evento. Para participar, os interessados se cadastram no local. Um sistema de senhas organiza a vez de cada um contribuir com a geração energética. O tempo de participação dos ciclistas pode variar de três minutos à uma hora, dependendo da quantidade de voluntários e da disposição dos participantes.

Programação

Dois documentários, com cerca de duas horas cada, integram a programação. O primeiro, “5 vezes Chico – o velho e sua gente”, conta a história, a cultura, a vida e a luta pela sobrevivência das comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco. Já “Bikes vs Carros”, aborda a mobilidade urbana e como a indústria automobilística influencia as políticas públicas das cidades.

As exibições acontecem às 15h e às 22h, sempre aos sábados e domingos. Informações específicas sobre o festival em cada cidade serão apresentadas no site da Inffinito e do Cine Pedal Brasil, que será lançado em breve.

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