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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta semana uma série de medidas emergenciais para tentar baratear os preços dos alimentos no país, entre elas a isenção dos impostos de alguns importados, estímulo à produção dos que compõem a cesta básica no Plano Safra e o fortalecimento dos estoques reguladores.
As medidas ocorrem em meio à queda da popularidade do presidente por conta do aumento da inflação dos alimentos desde o ano passado, que culminou com um puxão de orelha dele nos ministros há pouco mais de dois meses. O tema se tornou uma crise desde então que mobilizou o governo e entrou na mira da oposição.
Na sua opinião, as medidas do governo para conter a escalada dos preços dos alimentos surtirá os efeitos esperados? Participe da nova enquete da Gazeta do Povo abaixo:
Apesar da expectativa do governo de baratear os preços, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e outras entidades do setor produtivo consideraram as medidas ineficazes. Em nota, a entidade afirmou que o governo tenta criar a narrativa de “busca de soluções”, quando, na verdade, “o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação”.
“Não é transferindo o ônus de bancar o desequilíbrio do gasto público do governo para os produtores rurais que teremos uma comida mais barata e uma produção economicamente viável”, continua a nota.
Segundo a frente parlamentar, as medidas anunciadas pelo governo são pontuais e não terão efeito imediato, “especialmente quando se gasta recurso interno ao zerar impostos para produtos importados, sem garantir o reforço ao apoio da produção brasileira”.
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A FPA finaliza a nota destacando que o governo ainda não iniciou as tratativas do novo Plano Safra 2025/2026. A frente parlamentar também cobrou resposta do governo sobre as sugestões de medidas estruturantes enviadas pelo colegiado ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil.
As medidas foram definidas ao longo desta quinta (6) em reuniões do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) com ministros e com representantes do setor produtivo de alimentos. O governo conta, ainda, com a queda do dólar e a safra recorde deste ano para baratear os preços.







