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O governo do Equador apontou na quarta-feira melhoras "substanciais" no plano ambiental da Petrobras para a exploração de um campo vizinho à Amazônia, mas ainda não deu aval ao projeto.

A Petrobras enviou há meses a Quito um novo programa de manejo ambiental para o Bloco 31, que se estende pela reserva de Yasuní, em um esforço para recuperar a licença ambiental que havia sido cassada em 2005, por objeções à primeira proposta.

A ministra do Meio Ambiente, Ana Albán, disse à Reuters que a nova proposta "tem características muito benéficas para a área", mas alertou que não tinha condições de confirmar a devolução da licença à estatal brasileira.

"Há melhorias substanciais", acrescentou, lembrando que "qualquer exploração tem um impacto (ambiental)".

A Petrobras originalmente havia obtido em 2004 a concessão para explorar o bloco, com potencial de 30 mil barris de petróleo por dia.

O Ministério do Meio Ambiente reverteu a licença argumentando falhas na proposta e questionando a iniciativa da Petrobras de encravar parte das instalações de extração e logísticas dentro do Yasuní, considerada uma das reservas da biosfera mais importante do mundo.

Albán afirmou que o novo plano apresentado pela Petrobras resolveria algumas das objeções das autoridades e estabeleceria alternativas para reduzir o impacto ambiental da atividade, como colocar instalações fora do parque e a renúncia de abrir vias de acesso ao campo. "A licença para a Petrobras está em trâmite", insistiu Albán.

Cerca de 70 por cento do Bloco 31, atualmente em fase de exploração preliminar, está no Yasuní, onde há uma das maiores biodiversidades e endemismo (espécies exclusivas) do mundo - 500 tipos de aves e 90 de anfíbios.

Além do Bloco 31, a Petrobras também detém os direitos sobre o Bloco 18, de onde extrai cerca de 36 mil barris por dia, segundo a empresa.

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