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Após o ciclo de cinco anos consecutivos de valorização da Bovespa ter sido atropelado pela pior crise financeira em décadas, analistas traçam cenários mais moderados para o mercado acionário doméstico em 2009.

Em corretoras e bancos, quem se arrisca a traçar um cenário prefere fazer uma série de ressalvas ou simplesmente ser conservador. O quadro é bem diferente do visto até o segundo trimestre deste ano, quando a euforia com o grau de investimento do Brasil fez muitos subestimarem os efeitos da crise imobiliária dos Estados Unidos.

Agora, passado o pior do furacão que tomou mais de 40 por cento do Ibovespa no ano --a pior performance do índice em 36 anos, segundo a Economática--, passeiam pelo mercado projeções de que o índice terminará 2009 na metade do patamar que antes chegou a ser esperado para 2008.

Nesta terça-feira, último pregão do ano, o Ibovespa apresentava alta de mais de 1 por cento, ao redor de 37.600 pontos.

A corretora Planner, que no começo do ano chegou a prever o Ibovespa em 82 mil pontos neste final de dezembro, acredita que o índice chegará a 44 mil no encerramento de 2009.

"Se for considerar o preço justo, poderia chegar a 62 mil. Mas ninguém paga preço justo numa hora dessas. Seria otimismo demais em um cenário que ainda reserva muita notícia ruim", diz Ricardo Tadeu Martins, chefe de pesquisa da corretora.

O Credit Suisse, que em junho previa o índice a 86 mil pontos neste mês, agora vê o principal indicador da Bovespa em 43 mil pontos no meio de 2009. E não é tudo: "no curto prazo, vemos um potencial de queda até os 32.300 pontos no pior cenário", ponderou o banco em relatório.

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