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novo presidente

Escolha de Pestana como presidente foi "consenso natural", diz Abílio Diniz

Presidente do Conselho do Pão de Açúcar vê cenário econômico positivo. Segundo empresário, país está gerando renda e deve crescer mais de 5%

O executivo Enéas Pestana chega à presidência do Grupo Pão de Açúcar, a maior rede de varejo do país, "por consenso natural", de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Companhia, Abílio Diniz. O empresário disse, entretanto, que o novo líder não terá "carta branca". "Ninguém tem carta branca, nem eu", disse Diniz.

Entre os desafios de Pestana estão superar os resultados obtidos no ano passado, quando o lucro líquido da companhia cresceu quase 130% na comparação com 2008, e garantir a integração dos negócios do restante do grupo com a Casas Bahia e o Ponto Frio. Outro desafio é a estruturação do setor de vendas pela internet do grupo. Ao longo dos próximos três anos, Enéas Pestana terá um orçamento para investimentos de R$ 5 bilhões. "Vou reforçar o que foi construído nesses dois anos. A gente não vai se contentar com o resultado que já foi alcançado", disse Pestana.

Na avaliação de Abílio Diniz, o novo presidente assumirá o cargo com cenário econômico privilegiado. Ele aposta que a economia do país crescerá mais do que 5% em 2010, sendo beneficiada pela Copa do Mundo, que sempre ajuda nas vendas. ""O importante é que o país está crescendo, gerando mais emprego e distribuindo renda. E isso sempre leva a aumento de consumo."

Fã de motos

Fã de motos e esportista não tão apaixonado pelas atividades físicas quanto Diniz, Pestana vinha ocupando o cargo de vice-presidente executivo desde o ano passado e agora substituirá Cláudio Galeazzi, que exercia a função havia dois anos.

"Consideramos que o Enéas está realmente pronto. [..] Quero ser hoje melhor do que fui ontem, e amanhã quero ser melhor do que sou hoje. Então, pronto até este momento. Vejo nele, realmente, o presidente que nós esperávamos, que nós queríamos", disse Diniz.

Amizade

Galeazzi, aliás, foi peça importante nessa mudança, parte de um planejamento sucessório. Consultor que já participou de reestruturação de grandes empresas, ele foi contratado em dezembro de 2007 para ajudar na escolha do novo CEO, que deveria ser do quadro do Grupo Pão de Açúcar.

Além disso, Galeazzi veio para promover reestruturações na companhia e retomar uma trajetória de sucesso. "Na melhor das hipóteses, vínhamos andando de lado", disse Abílio Diniz.

O consultor, que conduziu o grupo durante a aquisição do Ponto Frio e das Casas Bahia, tornou-se amigo de Diniz. "Eu e o Cláudio desenvolvemos mais que um companheirismo nesses dois anos, desenvolvemos uma amizade profunda, muito grande."

O consultor seguirá como conselheiro convidado do Conselho de Administração. Não terá direito a voto, mas diz que poderá "palpitar" bastante.

Transição natural

Internamente, a transição de Galeazzi para Pestana foi tranquila e natural, definiram os executivos. "Desde meados de 2009, ninguém mais tinha dúvidas de que o Enéas seria o presidente", contou Abílio Diniz. Já Pestana definiu o processo como "tranquilo, sereno, sem atropelos".

Como parte do "treinamento" para a nova função, Pestana foi incumbido de buscar um novo diretor-executivo financeiro, o CFO (chief financial officer). Assumirá a função José Antônio Filippo, que ocupava a vice-presidência financeira e de relações com investidores da CPFL Energia.

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