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Espaço de coworking Nex, no Batel: compartilhamento estimula o networking e o empreendedorismo local. | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Espaço de coworking Nex, no Batel: compartilhamento estimula o networking e o empreendedorismo local.| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Mais do que apenas oferecer mesas e cadeiras para profissionais autônomos e pequenas empresas, os espaços de coworking de Curitiba têm assumido um papel fundamental no fortalecimento do ecossistema local de inovação e empreendedorismo, ao mesmo tempo em que amadurecem e se fortalecem como negócio. O momento de “ebulição” dos escritórios compartilhados na cidade se traduz hoje na chegada de novos empreendimentos e na ampliação dos já existentes.

INFOGRÁFICO: Veja um mapeamento dos escritórios compartilhados de Curitiba

Segundo levantamento do Sebrae-PR, a cidade conta atualmente com oito coworkings que fornecem espaço para startups e desenvolvem eventos e workshops na área: Impact Hub, Aldeia, Nex, Ambiental Office, Business Village, 95barra6, Biosfera e Beta. O perfil dos escritórios, porém, varia, contemplando também micro e pequenas empresas e profissionais de outros segmentos.

O ambiente, que reúne grande procura e oferta diversificada, já chama a atenção longe daqui. Pelo segundo ano consecutivo, a Aldeia, o primeiro espaço do gênero no Sul do Brasil, concorreu ao título de melhor coworking do país, no Spark Awards, premiação idealizada pela Microsoft e StartupFarm – o vencedor acabou sendo o Cubo, espaço em São Paulo.

Ricardo Dória, da Aldeia CoworkingJonathan Campos/Gazeta do Povo

Amadurecimento

O reconhecimento, depois do título conquistado ano passado, ocorre no momento em que a Aldeia passa pela maior mudança em seus cinco anos de existência, deixando as salas do prédio na Avenida Marechal Deodoro para ocupar dois andares inteiros em um edifício da Cândido de Abreu, no Centro Cívico. O espaço, de 750 metros quadrados, foi inaugurado nesta semana e tem capacidade para receber cerca de 150 pessoas – faz parte da estrutura um escritório de prototipagem, que conta inclusive com impressoras 3D.

“O coworking não é um negócio imobiliário. Todas as empresas que tentaram abrir um espaço com essa visão não tiveram sucesso. O coworking é um negócio de rede e o maior ativo que pode oferecer é essa rede de empreendedores e como eles interagem entre si”, afirma Ricardo Dória, fundador da Aldeia e até hoje único sócio do empreendimento.

O Impact Hub, outro dos espaços mais antigos de Curitiba, também está fazendo as malas e irá reabrir em janeiro no complexo da Fábrika, no Alto da XV. “Existe uma procura grande pelos coworkings. Quanto mais espaços tiverem na cidade, melhor, porque mais pessoas vão conhecer essa proposta e acabam surgindo espaços para atender nichos”, relata a diretora executiva do Hub, Renata de Aquino.

A Beta, também conhecida como A Fantástica Casa das Startups, é um exemplo da segmentação desse negócio. O coworking abriu as portas em maio com o intuito de atender especificamente os “startupeiros” – a iniciativa não tem fins lucrativos e os próprios “moradores” se ocupam da administração e manutenção do local.

“Vejo uma tendência crescente de coworkings cada vez mais segmentados, o que é interessante para o empreendedor, que tem a opção de trabalhar em um local com o qual se identifica mais e pode montar uma rede mais eficaz de networking”, afirma a consultora e coordenadora regional de startups do Sebrae-PR, Marielle Rieping.

Espaço no Bigorrilho enfoca negócios sociais

Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O mais novo escritório compartilhado de Curitiba está localizado no Bigorrilho, na Rua Bruno Filgueira. Batizado de Think and Love, devido ao movimento nacional que leva o mesmo nome, o espaço abriu as portas há pouco mais de uma semana tendo como alvo empreendedores ligados a negócios sociais e ao terceiro setor.

A casa onde fica o coworking é também a sede da unidade curitibana da agência de comunicação Repense. Há espaço para abrigar até 20 coworkers, que terão espaços fixos e acesso a ambientes comuns a outros empreendimentos do gênero, como cozinha e área de descanso e lazer.

A intenção, porém, é que o local seja mais do que um ambiente de trabalho. Todas as sextas-feiras haverá eventos que misturam capacitação, conscientização e mobilização, reforçando a missão do movimento Think and Love, de fazer a ponte entre causas, marcas e pessoas . “Queremos movimentar a casa com eventos que inspirem e visem um mundo melhor. A ideia é que esse seja um espaço de transformação, um ambiente criativo e saudável”, reforça a coordenadora do coworking, Viviane Aroldi.

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