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Milhares de pessoas protestaram contra medidas de austeridade neste sábado na Espanha e na Eslovênia. Na Espanha, policiais se manifestaram contra o congelamento de pensões e a eliminação do bônus de Natal. Mais de 5 mil pessoas marcharam até o prédio do Ministério do Interior em Madri, soando apitos e gritando palavras de ordem.

"Estamos aqui para dizer ao governo que a segurança tem que ser prioridade", disse o porta-voz do Sindicato Unificado de Polícias da Espanha, José Maria Benito. Segundo ele, policiais temem que os cortes orçamentários significarão condições de trabalho mais precárias. Benito acrescentou que 15 mil oficiais que deixaram a corporação ainda não foram substituídos. "Em tempos de convulsão social, precisamos de uma resposta policial adequada", defendeu.

Na Eslovênia, milhares de pessoas protestaram contra cortes de salário e outras medidas de austeridade. A manifestação deste sábado na capital Liubliana foi organizada por vários sindicatos de trabalhadores, que argumentam que o pacote do governo não acabará com a crise, mas apenas aprofundará a pobreza no país. "Os salários dos trabalhadores não causaram esta crise", afirmou o líder sindical Dusan Semolic, durante o protesto. As informações são da Associated Press.

Protesto na Grécia

Os gregos também protestaram neste sábado contra as políticas de austeridade em Atenas, na comemoração do movimento estudantil há quase quatro décadas contra a junta militar que governava o país.

"Ninguém pode viver com 400 euros" e "Em cada esquina há policiais, a Junta não caiu em 1974", estampavam alguns cartazes.

A revolta estudantil de 1973 acabou com uma intervenção militar no Instituto Politécnico de Atenas no qual morreram cerca de 20 estudantes, mas acelerou a queda do regime militar grego (1967-1974) e o retorno da democracia.

A polícia estima que cerca de 22 mil estavam presentes no protesto, enquanto cálculos dos meios de imprensa gregos elevam o número a 30 mil.

Após o encontro no centro universitário, a manifestação prosseguiu, como é tradicional cada ano, até a embaixada dos EUA, país que é acusado de respaldar a ditadura militar.

Os manifestantes trataram de seguir o protesto desde da embaixada dos EUA até a embaixada de Israel, para mostrar repulsa pela ofensiva contra a Faixa de Gaza, mas a forte presença de policiamente nas ruas adjacentes impediu que a manifestação chegasse ao prédio israelense.

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