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Exportações

Estudo indica áreas com potencial

Angola é uma terra de oportunidades para vários setores. Segundo um estudo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), as áreas com maior potencial de exportação para o país africano são a de veículos, máquinas, equipamentos de precisão, calçados, higiene pessoal, têxteis, carnes e soja. "Também temos setores consolidados, como móveis e massas, que têm mais de 30% do mercado local", diz Ulisses Pimenta, analista de inteligência comercial da Apex.

As exportações do Brasil para Angola aumentaram seis vezes de 2004 a 2008, quando bateram em quase US$ 2 bilhões. No período, os embarques do Paraná saltaram de US$ 35 milhões para US$ 238 milhões. O país vinha crescendo a taxas de dois dígitos: foram excepcionais 20,3% em 2007 e 14,8% em 2008. Para este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma retração de 3,6%, já que as receitas com petróleo serão menores. Mas em 2010 a expansão voltaria para perto de 10%.

A estratégia da Apex para o Brasil aproveitar o potencial da economia angolana começou com uma rodada de negócios em Luanda, seguida do estudo de mercado. Nesta semana, 50 empresas brasileiras participarão da Filda, a principal feira de negócios de Angola, com apoio da agência. "Montamos um estande grande, com várias empresas que já conhecem o país", explica Adalberto Schiehll, gestor de projetos da Apex. A agência subsidia dois terços do custo de participação, calculado em R$ 60 mil.

O Paraná tem exportadores em potencial em alguns desses setores. A Mascarello, fabricante de carrocerias de ônibus de Cascavel, enviou 150 unidades para Angola em 2008. Neste ano, tem a expectativa de vender outras cem. "É um mercado que pede modelos de todos os tipos. De ônibus urbanos a veículos para transporte de trabalhadores de minas de diamantes", comenta Nelson da Silva Filho, supervisor de exportação.

Fábricas do arranjo produtivo local (APL) de móveis de Arapongas também têm vendido para Angola. "Como há muitas construções em Luanda, o comércio de móveis tem muito a crescer. No ano passado mandamos 30 contêineres, 3% de nossas exportações", conta Adílson Rodrigues, gerente de exportação da fábrica Moval.

Mesmo sem estar oficialmente no estande brasileiro na Filda, o APL de bonés de Apucarana vai mandar representantes para conversar com clientes em potencial. "Vamos visitar a feira e usar a estrutura do hotel para encontrar empresários", diz o coordenador do grupo de mercado do APL, Cleverson Roberto da Silva. O momento é bom para a missão: no ano que vem, Angola vai receber os jogos da Copa Africana das Nações (CAN) e haverá demanda por produtos promocionais. (GO)

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