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São Paulo – O secretário americano de Energia, Samuel Bodman, disse que os Estados Unidos terão de reduzir a tarifa sobre importação de etanol para fazer cumprir a meta anunciada pelo presidente americano, George W. Bush, de reduzir o consumo de gasolina no país. A redução da tarifa pode beneficiar a produção e as exportações brasileiras do produto. "Provavelmente teremos de remover a tarifa para que possamos importar mais", disse Bodman, em uma das sessões de debates no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).

Os EUA impõem uma tarifa de US$ 0,54 por galão (3,785 litros) de etanol importado de países fora da região do Caribe e da América Central. Bodman disse que o subsídio aos produtores de etanol americanos, de US$ 0,51 por galão não deve continuar após 2010 e a tarifa não deve ser mantida após 2008.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ir aos EUA neste ano para discutir com Bush acordos na área de biocombustível, especialmente etanol – os dois países são os principais produtores mundiais de etanol, com cerca de 16 bilhões de litros anuais cada. Em dezembro, os dois países assinaram o tratado que cria a Comissão Interamericana do Etanol, entidade privada lançada por EUA, Brasil e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) com a proposta de promover o uso do combustível como alternativa ao petróleo nas Américas.

Gasolina

No discurso sobre o estado da União feito na terça-feira, Bush pediu que ao Congresso união para "reduzir o consumo de gasolina no país em 20% nos próximos dez anos e diminuir a dependência do petróleo importado do Oriente Médio".

Os Estados Unidos promovem uma reforma nos padrões de consumo de gasolina para que os veículos produzidos no país aumentem sua eficiência em 5% no uso do combustível. Atualmente são consumidos no país cerca de 5 bilhões de galões de etanol por ano

O presidente americano aposta no etanol para diminuir a dependência de seu país das importações de petróleo, numa estratégia que pode disparar a produção nos Estados Unidos e no exterior. De uma capacidade de produção de 1,63 bilhão de galões (6,17 bilhões de litros) em 2000, os EUA passaram para 5,4 bilhões (20,44 bilhões de litros) atualmente.

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