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Campo Largo

Fábrica de porcelanas promete pagar salários atrasados e por fim à greve

Cerca de 500 funcionários se mantêm paralisados desde a segunda-feira (8). Empresa afirma que vai depositar o pagamento até a sexta-feira (12)

A empresa Porcelana Schmidt informou, na tarde desta quinta-feira (11), que vai fazer o pagamento dos salários referentes ao mês de fevereiro e que deveriam ter sido depositados na conta dos funcionários até o dia 5 de março. No comunicado, a fábrica informa que os vencimentos atrasados serão quitados na sexta-feira (12), o que deve por fim à greve que os trabalhadores mantêm desde a segunda-feira (8). A Schmidt tem mais de 500 funcionários e alega que passa por dificuldades financeiras.

O atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores da empresa não é novidade. Em janeiro, os funcionários já haviam feito uma paralisação pelo mesmo motivo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerâmica de Campo Largo (Sindipolocal), a Schmidt assinou, em fevereiro, um acordo se comprometendo a pagar os salários em dia. O acordo previa uma multa 40% sobre o piso da categoria, concedendo o direito à paralisação em caso de novos atrasos, sem desconto dos dias não trabalhados.

De acordo com o sindicato, se o dinheiro for depositado, os funcionários voltam ao trabalho já na sexta. "Vamos checar junto ao banco e se, a partir da meia-noite, o dinheiro já estiver na conta dos trabalhadores, a greve termina", disse o presidente da entidade Paulo Sérgio de Andrade. O piso da categoria é de R$ 585 e o salário médio gira em torno de R$ 750.

Com uma fábrica em Campo Largo há mais de 60 anos, a Schmidt tem outras duas unidades, em São Paulo e Pomerode (SC), que também estão paradas por falta de pagamento dos salários. Segundo o Sindipolocal, desde 2009, a empresa passa por um processo de recuperação judicial. Em cada dia de paralisação, a fábrica deixa de produzir o equivalente a R$ 200 mil em produtos, de acordo com o sindicato.Exploração política

Na nota, a Schmidt lamentou a "exploração política" que viria sendo feita sobre a greve. A empresa destaca que as dificuldades financeiras não foram criadas voluntariamente pelos dirigentes e que não podem "servir de palco para disputas políticas que acabam por prejudicar os reais direitos dos trabalhadores".

A fábrica acusa "pessoas estranhas" ao sindicato representativo da categoria de causarem "constrangimentos e humilhações" aos representantes da empresa e aos trabalhadores, impedindo o progresso das negociações.

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