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Henrique Rocha produz mudas nativas para mata ciliar | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Henrique Rocha produz mudas nativas para mata ciliar| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Aliando a experiência profissional adquirida no período acadêmico com uma paixão pessoal, o biólogo Henrique Garcia Rocha, de 29 anos, criou uma "fábrica de árvores" em Londrina. Fundado em 2005, o viveiro Flora Londrina é especializado na produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica encontradas no interior do Paraná e de São Paulo.

Com foco em projetos ambientais de reflorestamento de mata ciliar e nascentes, o viveiro produz mudas de aproximadamente 150 espécies. Anual­mente, são "fabricadas" 1,5 milhão de árvores.

Segundo Rocha, o viveiro trabalha com dois programas: um de doação de mudas e outro de venda direta, em que cada unidade é comercializada por R$ 0,60.

Para a doação das mudas, o biólogo explica que o viveiro tem uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, que financia o plantio e doação de mudas para projetos de reflorestamento de propriedades rurais. Já no programa de venda direta, todos os custos são dos proprietários das áreas. Por hectare reflorestado, são necessárias entre 1,1 mil e 1,7 mil mudas, o que custa em torno de R$ 1 mil.

Mas, de acordo com o biólogo, não adianta só plantar. "É importante dar toda a assessoria técnica e orientação para os produtores. Temos que cuidar, pois queremos que nossas mudas se tornem árvores e os plantios, florestas. Podemos comparar a plantação de árvores com a de milho, por exemplo."

Com 25 funcionários, Rocha diz que o empreendimento é rentável e a demanda está crescendo. "Com a comercialização das mudas consigo pagar todas as contas e ainda temos uma margem de lucro." Porém, segundo o biólogo, ainda falta maior consciência, principalmente por parte das empresas privadas, sobre a importância da sustentabilidade. Ele avalia que o aparente comprometimento do setor privado com projetos ambientais se resume ao uso de ferramentas de marketing. "A sustentabilidade em si é uma preocupação que fica em segundo plano. Muitas empresas privadas que desenvolvem projetos ambientais são obrigadas pela legislação a ter um compromisso com o meio ambiente. Poucos projetos partem da intenção de criar e proteger uma floresta."

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