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O Brasil ainda não tem um porto regularizado perante as questões ambientais. A diferença que justificaria o embargo ao Porto de Pa­­ranaguá, segundo o Ibama, está na falta de iniciativa da autarquia que administra os portos paranaenses para adotar medidas necessárias à obtenção da licença ambiental.

"Não estamos interessados no valor da multa, mas sim em fazer com que o porto cumpra as exigências ambientais", afirma o superintendente do Ibama no Paraná, Hélio Sydol, lembrando que o Porto de Paranaguá foi alertado várias vezes sobre a possibilidade de interdição. Por causa dessas questões, o terminal paranaense – o 2.º maior do país em movimentação – vai pagar duas multas: uma por não cumprir o termo de compromisso assinado em 2009 com o Ibama, e outra por não ter a licença ambiental.

"[O embargo] é uma atitude drástica, um remédio amargo para uma solução que interessa a toda a sociedade", diz Sydol. "O porto nunca teve licença ambiental e não chegou a ter estudos técnicos ambientais para conseguir a licença. No Brasil, não existem portos que já tenham a licença ambiental, mas muitos têm caminhado e cumprido exigências para conseguir isso", acrescenta.

Vergonha

O ex-superintendente do Ibama no Paraná José Álvaro Carneiro diz que é vergonhoso o porto não ter um plano de segurança para a navegação. "Hoje a questão ambiental tem relação direta com a economia. Paranaguá e Antonina merecem uma gestão moderna e de qualidade. O governo nunca deu uma justificativa plausível para não pensar no compromisso ambiental."

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