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| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda revisou a projeção para o crescimento da economia em 2017 de 1,2% para 1,6%. As estimativas vão servir de base para a elaboração da proposta de Orçamento de 2017, que será entregue ao Congresso até o dia 31 de agosto, e deve evitar uma elevação de tributos por enquanto.

Alguns analistas independentes e grandes bancos também já reviram para cima suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto). O Santander, por exemplo, projeta crescimento de 2%. O Bradesco, de 1,5% no próximo ano.

A FGV, no entanto, afirma que o Brasil está deixando a crise para trás, mas que indicadores sugerem que o ritmo da retomada será lento.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, disse na tarde desta quarta-feira (17) que a principal variável que levou o governo a elevar de 1,2% para 1,6% a projeção para o PIB de 2017 é a taxa de investimento.

Questionado sobre a diferença entre a estimativa de alta 1,6% do PIB em 2017 e a projeção de mercado de 1,1%, Hamilton respondeu que não necessariamente os agentes estão vendo algo diferente do governo. “Qualitativamente, estamos vendo a economia da mesma forma que os participantes do mercado. Podemos ter um segundo semestre de 2017 um pouco melhor que a primeira metade do próximo ano”, avaliou.

Teto de gastos

Hamilton confirmou que o governo utilizará a fórmula da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos na confecção do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2017 que será enviado ao Congresso até o dia 31 deste mês.

Com isso, as despesas estarão limitadas a uma expansão de 7,2%, que é a projeção da Fazenda para a inflação medida pelo IPCA em 2016. “Pode ser que o crescimento global das despesas não seja exatamente 7,2%, deve ser um pouco menor”, afirmou.

Hamilton disse estar tranquilo com a nova projeção de alta do PIB para 2017, distante ainda do previsto pelo mercado no boletim Focus do Banco Central, que prevê uma alta de 1,1%. “Estamos convictos de que nossas projeções são bem realistas e estamos confortáveis com a nossa previsão de crescimento do PIB de 1,6% no ano que vem”, alegou. “É possível que haja revisões para cima feitas pelo mercado para o PIB”, completou.

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