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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) poderá apoiar uma paralisação geral de trabalhadores contra a onda de importações na economia brasileira, que será discutida a partir da segunda-feira, 30, no recém-criado comitê técnico envolvendo representantes da Fiesp, da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. "Todo o setor produtivo, empresários e trabalhadores está de mãos dadas nessa briga para conter a desindustrialização da economia brasileira", afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, após encontro nesta quinta-feira (26) na Fiesp.

O grupo técnico irá debater propostas conjuntas contra a "desindustrialização" e voltará a se reunir no dia 6, quando a paralisação poderá ser aprovada. Não há data prevista para o protesto. Para Skaf, o governo federal trata o problema com "descaso" e as medidas anunciadas até agora para estimular a indústria nacional - como, por exemplo, o programa Brasil Maior e o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados - são pontuais.

"Setenta por cento do Brasil Maior são planos requentados e muito tímidos. E que foram, convenhamos, muito mal discutidos", disse. "A gente sente vontade no discurso do governo, mas de fato o que existe é até incentivo fiscal para a entrada de importados", afirmou Skaf.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que a mobilização que reúne trabalhadores e empresários busca "dar um tranco" no governo para que sejam tomadas medidas para barrar as importações. "As importações são vergonhosas e desenfreadas", disse. "Vamos discutir uma série de paralisações e manifestações."

Já Ricardo Patah, presidente da UGT, afirmou que o setor comercial também vai apoiar as manifestações. "Nossa preocupação é que as consequências que estão sendo bem avaliadas pelo governo não estão sendo sentidas do ponto de vista estrutural. Temos uma péssima educação, péssima saúde e distribuição de renda", disse, aproveitando para reclamar que a presidente Dilma Rousseff não tem se reunido com representantes dos sindicatos, como fazia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Infelizmente ela não recebe os movimentos sociais e o movimento sindical."

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