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Fiesp quer leilão para renovar concessão de hidrelétrica

Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), reclamou que há um movimento a favor de "concessões hereditárias" para estatais como Cesp, Cemig e Chesf

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, relatou nesta sexta-feira (08) que, em audiência com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pediu a abertura de leilões públicos para concessões de hidrelétricas que vão vencer até 2015. Em entrevista no Palácio do Planalto, ele reclamou que há um movimento a favor de "concessões hereditárias" para estatais como Cesp, Cemig e Chesf, que representam cerca de 30% da capacidade instalada de geração de energia no Brasil.

Skaf observou que a Constituição determina a realização de leilões públicos para concessões. Lembrou também que a lei das concessões de 2004, que teve como "madrinha" a então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff, já previa os leilões. Skaf disse que o preço do megawatt/hora (MWh) em projetos como os da hidrelétrica que está construída no Rio Teles Pires é de R$ 58, incluindo o custo de transmissão, e a média do MWh nas hidrelétricas antigas, cujas concessões vão vencer nos próximos anos, é de R$ 90.

Nas contas de Skaf, a sociedade perderá cerca de R$ 1 trilhão nas próximas três décadas se a lei não for cumprida. Ele disse que Gleisi o orientou a procurar o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para discutir o assunto, mas que a ministra se comprometeu a discutir a questão com a presidente Dilma. Skaf e Gleisi terão nova reunião sobre o tema na próxima semana.

Menos impostos

Skaf disse que a ministra da Casa Civil informou que o governo já tem uma proposta avançada para a desoneração da folha de pagamento. Ele relatou que a ministra informou, ainda, que o Planalto está preocupado com possíveis déficits na balança comercial, por causa do excesso de importação de produtos manufaturados e que o governo já está estudando medidas para resolver o problema. Skaf, entretanto, disse que a ministra não forneceu detalhes sobre quais seriam as propostas do governo para resolver essas questões. "Esse tsunami de importação de manufaturados vai causar um déficit anual de US$ 100 bilhões", criticou Skaf.

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