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Como preparar as finanças para o caso de demissão. Segundo consultores, é essencial ter uma reserva e manter as despesas sob controle. | Marcos Santos/USP Imagens
Como preparar as finanças para o caso de demissão. Segundo consultores, é essencial ter uma reserva e manter as despesas sob controle.| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O medo da demissão segue assombrando os brasileiros. Só em 2016, o desemprego chegou a 12% da população economicamente ativa, com 12,3 milhões de desocupados. E vem mais pela frente: um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que serão 3,4 milhões de novos desempregados no mundo neste ano – 35% deles no Brasil. Isso representaria 1,2 milhão a mais de brasileiros procurando trabalho em 2017. Ou seja, ninguém está livre deste fantasma.

“Quem está despreparado para ficar desempregado está errado. Essa condição é sempre uma possibilidade real, e é preciso estar precavido”, destaca o educador financeiro Thiago Nigro.

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Consultores alertam que é fundamental ter uma reserva financeira para uma eventual perda de renda, acompanhar se o patrão deposita corretamente o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e manter as despesas sob controle, conhecendo onde estão os principais gastos e as dívidas.

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Principal amparo do trabalhador demitido, o FGTS deve ser usado com sabedoria. Engana-se quem pensa que é melhor usar o valor de uma só vez para pagar dívidas: é preciso manter o dinheiro reservado para as contas diárias.

“Caso use o FGTS para antecipar as contas, pode ser que sobre um valor baixo para sustentar as prioridades depois”, diz Nigro.

O desemprego também exige uma mudança drástica nas finanças domésticas. É essencial cortar gastos supérfluos, inclusive reunindo a família para que todos contribuam até que a situação melhore. Prevendo o quanto receberá como indenização pela demissão, será possível projetar um orçamento para os próximos meses.

“É preciso priorizar o que realmente é fundamental nesse período. Alguns gastos que devem ser repensados podem ser de TV a cabo, celulares e smartphones, baladas e idas a restaurantes, água e energia e outros pequenos custos”, recomenda Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira.

Também é preciso verificar as dívidas ativas, em dia ou atraso, e tentar a renegociação. O caminho é entrar em contato com credores e explicar a nova situação, de perda de renda, e negociar alongamento de prazos ou descontos nos juros para seguir pagando.

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