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O Fundo Monetário Internacional (FMI) deve prosseguir com as negociações para aumentar o seu poder de fogo, ao mesmo tempo que a Europa discute como construir uma barreira de proteção para conter sua crise da dívida, afirmou nesta sexta-feira o vice-diretor-gerente do FMI, Naoyuki Shinohara.

Países emergentes entendem que precisam aumentar os recursos do FMI, uma vez que a crise da dívida na Europa ameaça toda a economia global, disse Shinohara, sinalizando expectativas de que países em desenvolvimento vão contribuir com mais dinheiro.

O FMI pode enfrentar uma negociação difícil, pois algumas economias emergentes podem se irritar com a ideia de resgatar países europeus mais ricos sem garantias de que a zona do euro poderá colocar um ponto final em sua crise da dívida que já dura dois anos.

"As negociações para aumentar as barreiras de proteção regional e global, nos termos da base financeira do FMI, precisam ocorrer paralelamente", disse Shinohara em entrevista à Reuters.

"Há um amplo acordo entre países sobre o quadro geral. Baseado nisso, as discussões começaram sobre quanto cada país vai contribuir e em qual modalidade."

Autoridades do grupo dos 20 países mais ricos e emergentes vão se reunir no final desta sexta-feira na Cidade do México para definir a agenda sobre a diplomacia financeira necessária para manter a recuperação da economia global nos trilhos.

O FMI estimou que serão necessários cerca de 1 trilhão de dólares para conter a crise da dívida na zona do euro, e Shinohara afirmou que metade do montante deverá vir na forma do reforço do poder de fogo do FMI e a outra metade deverá ser fornecida pela Europa.

No entanto, os Estados Unidos, a China e outros países de fora do bloco de 17 países que usam o euro querer ver os membros do bloco disponibilizarem mais dinheiro antes de se comprometerem com mais recursos ao FMI.

Ao mesmo tempo, os países também querem evitar um default desordenado na Grécia, uma violenta ruptura da zona do euro e uma subsequente devastação da economia global.

O premiê chinês, Wen Jiabao, disse na quinta-feira que a segunda maior economia do mundo está considerando aumentar a sua participação nos fundos de resgate europeus, que visam resolver a crise da dívida.

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