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O diretor que representa o Brasil e outros países sul-americanos no Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista, revelou nesta sexta-feira (6) que o Fundo está prestes a anunciar mudanças nos condicionamentos para conceder empréstimos aos países e nas suas linhas de financiamentos.

Ele não deu detalhes sobre as modificações, mas disse que "é possível que nas próximas semanas" sejam conhecidas as novidades. As declarações foram feitas durante o Seminário Internacional sobre Desenvolvimento realizado pelo Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Batista disse que a maior parte das mudanças que está sendo acatada foi sugerida pelo Brasil. "O papel do Brasil nessa discussão não tem sido pequeno e grande parte do que está sendo aceito pelo staff do Fundo foi proposto pelo Brasil", salientou o diretor do FMI.

Mudar o sistema de condicionalidades pode dar uma nova dinâmica para o FMI, que até agora só atua em momentos de crise para ajudar países à beira da insolvência. Os países em desenvolvimento querem que o FMI financie o desenvolvimento e não atue apenas na hora do desespero.

Batista disse que também está em marcha no FMI uma mudança no sistema de votação das decisões do organismo. Porém, nesse caso Batista disse que será um grande avanço se os países em desenvolvimento conseguirem firmar um trato político na próxima reunião do G20 para que eles tenham mais força de voto no Fundo.

O pacto, na avaliação de Batista, deve garantir que até janeiro de 2011 uma nova fórmula de votação seja implementada. "Acho que deveríamos lutar pela reestruturação da diretoria, diminuindo o espaço dos diretores europeus no FMI", salientou.

Seminário

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, que é o responsável pelo CDES disse nesta sexta-feira que os debates travados durantes os dois dias do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento serão compilados em um documento e apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ouvimos durante esses dois dias que o Brasil está no caminho certo para manter o desenvolvimento da sua economia. As críticas nós não tomamos como sanções, mas sim como conselhos. Vamos apresentar ao presidente um compilado das sugestões que foram apresentadas", comentou o ministro.

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