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O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, manifestou nesta quinta-feira preocupação com o risco de superaquecimento das economias emergentes, e do Brasil em particular, mas afirmou que as medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff nas áreas fiscal e monetária vieram "na direção correta".

Dois meses após o FMI ter divulgado relatório que destacava a deterioração "particularmente pronunciada" das contas fiscais brasileiras, Strauss-Kahn afirmou que o corte orçamentário de 50 bilhões de reais veio em linha com o que o Fundo esperava, e que as preocupações estão "desaparecendo".

"Nós esperamos que o crescimento vá desacelerar, o que é mais de acordo com um crescimento de longo prazo. O objetivo não é ter o maior crescimento possível um ano, depois ter problemas no ano seguinte, mas sim ter crescimento sustentável ao longo do tempo", afirmou Strauss-Kahn a jornalistas, após encontro com o ministro da Fazenda Guido Mantega.

Ao comentar a valorização do real, o diretor do FMI afirmou que ele "pode estar parcialmente relacionado" à política de "quantitative easing" dos Estados Unidos, mas que há outras razões para o Brasil estar atraindo capital.

Strauss-Kahn citou o fato de o país, como outros emergentes, estar crescendo em ritmo mais acelerado que o resto do mundo, e, ao mesmo tempo, praticar juros elevados em face de uma baixa taxa de poupança.

"É um mix de problemas que a economia de vocês está enfrentando, não apenas o bode expiatório da 'quantitative easing'. Não estou dizendo que isso não tem importância, mas que é um fator entre outros."

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