Os 1,1 mil funcionários da Sadia, do grupo Brasil Foods, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, entraram em greve. A paralisação começou na quinta-feira (13) e se mantém por tempo indeterminado. O sindicato da categoria pede um reajuste salarial de 13% e um tíquete-alimentação de R$ 150, mas a empresa oferece 8,5% de aumento e um tíquete de R$ 120.
Segundo o presidente interino do Stimlaca (sindicato da indústria da alimentação) em Ponta Grossa, Luís Pereira dos Santos, a adesão foi de 100% no primeiro dia, mas caiu para 80% nesta sexta-feira. Ele atribui a queda à pressão dos encarregados da empresa. "No primeiro dia da greve, havia chefes tirando fotos dos grevistas e, antes do começo da paralisação, cinco funcionários foram demitidos como forma de pressão, eles não estão respeitando o direito à greve", afirmou Santos.
A unidade, que produz embutidos para o mercado interno e exportação, fica no bairro de Uvaranas e enfrenta a sua primeira paralisação. De acordo com Santos, não há reuniões previstas para esta sexta-feira (14). Ele acrescenta que os funcionários lutam, especialmente, pelo aumento no vale-alimentação, que hoje é de R$ 90. "Inicialmente, a empresa ofereceu R$ 5 de aumento no vale e isso revoltou os trabalhadores", disse. A margem de aumento proposta foi chamada de vale-coxinha pelos funcionários, segundo Santos.
Procurada, a Sadia informou que não vai se manifestar no momento sobre a greve dos funcionários ocorrida em Ponta Grossa.



