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Fachada do shopping Higienópolis, exemplo bem-sucedido de fundo imobiliário | Divulgação
Fachada do shopping Higienópolis, exemplo bem-sucedido de fundo imobiliário| Foto: Divulgação

A forte procura por imóveis no mercado brasileiro, que atrai investidores e impulsiona o aumento dos preços de empreendimentos em todo o país, favorece também a propagação dos fundos imobiliários. A aplicação é considerada por alguns economistas uma alternativa para quem deseja aproveitar o bom momento do mercado mas não tem dinheiro para comprar uma casa ou apartamento, por exemplo.Dados reunidos pelo Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) indicam que dez novos fundos imobiliários chegaram ao mercado em 2010, em lançamentos que somaram R$ 1,029 bilhão até maio. O montante é bem maior que os R$ 561 milhões que os fundos imobiliários representaram no Brasil em 2008, e deve superar a soma de R$ 2,878 bilhões que o segmento registrou em lançamentos no ano passado, quando houve a criação de 23 novos fundos no total.

"Este ano o lançamento de novos fundos no mercado deve superar os números de 2009, há uma demanda boa tanto de empresas quanto de pessoas físicas", estima o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. Há, de acordo com o Secovi, 34 fundos imobiliários listados atualmente na Bovespa, totalizando R$ 4,9 bilhões e com distribuição entre mercado de escritórios (40%), shopping centers (30%) e pulverização dos demais.

Cuidados e longo prazo

Especialistas consultados pelo G1, no entanto, alertam: o fundo imobiliário pode ser considerado opção de investimento viável para quem procura retorno no longo prazo, desde que o poupador faça o "dever de casa" de pesquisa sobre os gestores do fundo e planeje cuidadosamente o montante a ser investido.

"É preciso saber quem é o dono do fundo, de onde virá a renda. Por exemplo: a Petrobras vai alugar o prédio? Bom sinal. O prédio será em Xiririca da Serra e só depois vão achar um locatário? Mais risco", ensina o professor professor Sílvio Paixão, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), que destaca que é preciso definir um percentual a ser investido. "É investimento de longo prazo: para quem só vai pensar nele daqui a um, dois anos, no mínimo", diz.

Saída difícil

Tanto planejamento e cuidado são necessários porque os fundos imobiliários são do tipo fechados, ou seja: quem entra só pode sair depois de vender a cota, como se fosse uma ação, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), como explica o consultor Sérgio Belleza Filho.

"Não é um fundo aberto como renda fixa, que você resgata quando quer sair. É fechado, então se você quer o dinheiro de volta tem que mandar vender suas cotas, como se fosse a ação de uma empresa", diz Belleza.

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