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As aplicações dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ativos da Petrobras tiveram o pior desempenho do mês em rentabilidade, mostra um levantamento da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) feito até o dia 25. Durante o período, esses fundos perderam 12,26%, seguidos por fundos de investimento em ações da Vale do Rio Doce, que tiveram valorização negativa de 6,03%.

Os fundos que mais ganharam foram os cambiais sem alavancagem, cuja valorização foi de 3,74% no período. Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações preferenciais da Petrobras acumularam perda de 5,60% no mês até esta sexta-feira, negociadas a R$ 40,59, contra ganhos de 0,60% do Ibovespa.

As ações preferenciais da Vale subiram 1,26% no período, fechando a R$ 40,32. Já o dólar acumulou ganho de 1,17% no mês.

Para o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, a desvalorização de Vale e Petrobras foi apenas uma correção, pois estes papéis haviam subido muito nos últimos meses.

- O petróleo bateu o recorde de cotação em agosto e logo depois recuou, se desvalorizando quase 15%, provocando também a queda do preço das ações da Petrobras. Já as ações da Vale vêm sofrendo com a perspectiva de um desaquecimento global e de uma possível redução dos preços do minério de ferro - avalia.

Mas, segundo ele, essas ações ainda são sólidas e de baixo risco - consistindo em uma boa opção no médio e longo prazos.

Com um cenário conturbado, que incluiu indefinições no cenário externo sobre o rumo da economia americana uma série de denúncias contra o governo federal no Brasil, os fundos de renda fixa tiveram a maior captação do período, de R$ 2,281,79 bilhões, seguidos por ativos voltados para o curto prazo (R$ 1,583,62 bilhão). A valorização desses investimentos foi de 0,84%, cada.

- Acho que esse movimento se deve especialmente à aversão ao risco, fomentada pelas indefinições no cenário externo e por uma forte queda na bolsa. A situação política aqui no Brasil é um fator agravante, mas não determinante - diz Fabio Cardoso, gestor de renda variável da Maxima Asset.

Para Silvio Campos Neto, a alta do dólar no mês é um fato isolado:

- Não foi nada que representasse uma tendência. O dólar ainda é o investimento que mais perde no ano, além de ser muito instável. Além disso, não há nada que ameace a estabilidade do real no momento - ressalta.

Para Neto, nem mesmo as medidas cambiais anunciadas pelo governo, como a recente permissão para que investidores apliquem em ações e derivativos no exterior, irão mudar o rumo do câmbio.

- O que o Banco Central consegue com medidas como esta e como as compras diárias no mercado à vista é evitar uma queda mais acentuada da cotação do dólar. É um paliativo.

Os fundos referenciados em depósitos interfinanceiros (DI) - que geralmente acompanham as taxas de juros da economia -, ganharam 0,83% no mês. Mas perderam R$ 6,08 milhões em captação. Fundos multimercados com renda variável renderam 0,08% no mês; já aqueles que não contém ações renderam 0,95%. De uma maneira geral, a captação dos fundos de investimento ficou positiva em R$ 6,441 bilhões.

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