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Finanças pessoais

Fundos de renda fixa sobem 9,53% e lideram aplicações em 12 meses

Modalidade investe em títulos de dívida prefixada, que embute um prêmio acima da taxa Selic

Em novembro, os fundos de renda fixa acumulavam um ganho em 12 meses de 9,53% após descontar o IR (Imposto de Renda) pela alíquota de 17,5% | Marcos Santos/USP Imagens
Em novembro, os fundos de renda fixa acumulavam um ganho em 12 meses de 9,53% após descontar o IR (Imposto de Renda) pela alíquota de 17,5% (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Os fundos de renda fixa, que acompanham as taxas de juros, lideraram em novembro o ranking de aplicações financeiras nos últimos doze meses, período tumultuado pelas eleições presidenciais, indefinição sobre a equipe econômica e perspectiva de aumento nos juros nos EUA.

Esses fundos investem em títulos de dívida prefixada, que embutem um prêmio acima da taxa Selic (juros do governo) para compensar o risco de eventuais flutuações, como em períodos de alta de juros como o atual.

Em novembro, esses fundos acumulavam um ganho em 12 meses de 9,53% após descontar o IR (Imposto de Renda) pela alíquota de 17,5% (vigente para resgate entre 361 a 720 dias).

Já os fundos DI, considerados de menor risco por seguir a variação da Selic, renderam 8,93% no período, também descontado o imposto de renda. Com a recente escalada do dólar (subiu 4,27% em novembro), o ganho do DI ficou abaixo dos 9,21% acumulado pelos fundos cambiais, utilizado para diversificar as aplicações.

Diante da instabilidade internacional, ouro também bom desempenho em novembro, com variação de 3,74% no mês e de 5,19% em 12 meses.

A poupança teve rendimento de 0,55% -abaixo da inflação de 0,6% esperada para o IPCA em novembro. Em 12 meses, no no entanto, ela praticamente empata: tem ganho de 7,02%, contra inflação de 6,59% acumulada em 12 meses (até outubro).

A Bolsa teve o pior desempenho, com ganho de 1,44% no mês e de 3,6% em 12 meses, também líquido de IR.

Perspectiva

Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, o desempenho das aplicações em dezembro dependerá do debate sobre o momento do aumento dos juros nos EUA, os dados sobre crescimento na China, EUA e Europa, além da evolução do preço do petróleo.

No país, afirma ele, as atenções se concentrarão nas possíveis medidas adotadas pela nova equipe econômica e os desdobramentos da operação Lava Jato da Polícia Federal envolvendo a Petrobras.

"A nova equipe econômica é um reconhecimento de que precisa mudar a política econômica e recolocar a casa em ordem", disse Newton Rosa, economista da SulAmerica.

Para Felipe Miranda, sócio da Empiricus, o dólar pode acentuar o ritmo de alta nos próximos meses, podendo chegar a R$ 3. Por esse motivo, ele considera a aplicação em fundos cambiais uma alternativa de diversificação de até 15% das reservas do pequeno investidor.

"Ficar no dólar com juros de 11,25% pode ter um custo importante. Mas manter um mínimo em dólar ajuda a equilibrar até o padrão de consumo. Se vier uma inflação via dólar, você ganha também e resguarda o poder de compra", disse.

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