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G20: Dilma diz que Brasil não contribuirá diretamente com fundo europeu

Em compensação, manifestou a disposição de seu governo aumentar a contribuição ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para fazer frente à crise financeira

Rousseff em entrevista à imprensa ao fim da cúpula do G20 em Cannes | EFE
Rousseff em entrevista à imprensa ao fim da cúpula do G20 em Cannes (Foto: EFE)

A presidente Dilma Rousseff descartou a possibilidade de dar uma contribuição direta para ajudar a Europa. Segundo ela, qualquer ajuda deve ser feita por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Não tenho a menor intenção de fazer uma contribuição direta para o EFSF", disse, referindo-se ao fundo de resgate europeu para os países em dificuldades. "Se nem eles têm, porque eu teria?"

Dilma contou que a China também expressou a avaliação de que o suporte para a Europa deveria ser feito por meio do FMI, e não diretamente. Ela reafirmou que o Brasil propôs a concessão de créditos bilaterais ao FMI, que são feitos com as reservas internacionais. Segundo a presidente, os recursos endereçados ao fundo possuem garantias. "O dinheiro brasileiro de reserva é dinheiro que você protege, foi tirado com suor do nosso povo e não pode ser usado de qualquer jeito. O FMI é aplicação AAA, absolutamente garantida", disse Dilma em entrevista à imprensa.

Ela afirmou ainda que o Brasil e a China defenderam a mudança das cotas do FMI, com ampliação da participação dos emergentes, de forma que reflita "o mundo novo que estamos vivendo".

Dilma Rousseff disse também que existiu consenso dentro do G-20 de que é difícil a recuperação econômica sem a retomada do crescimento. Para ela, alguns ajustes fiscais em curso no mundo são "recessivos e inviáveis". Dilma expressou preocupação com o desemprego em outros países, principalmente entre os jovens. Ela também voltou a defender o piso de proteção social sugerido pela Organização Internacional de Trabalho (OIT). "Recuperar a estabilidade global é o objetivo do G-20."

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