A General Motors (GM) informou que abriu nesta sexta-feira (22) um programa de demissão voluntária para funcionários da unidade de São Caetano, o segundo em menos de um mês. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, o PDV anunciado vai até o dia 2 de julho, para todos os trabalhadores do setor de produção, e abrange também a unidade de São José dos Campos.
Ainda de acordo com o sindicato, o programa anterior, encerrado dia 15 de junho, teve 186 adesões, sendo que a GM já teria fechado cerca de 2 mil postos de trabalho nas fábricas de São José e São Caetano.
A entidade disse, em nota, que considera o PDV desnecessário. "Não existe mão de obra excedente na fábrica e as vendas do setor automotivo tiveram um significativo crescimento após a redução do IPI concedido pelo Governo Federal. Somente na primeira quinzena de junho houve um crescimento de 18,54%".
O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, disse que a Prefeitura deveria cobrar da empresa a manuntenção de postos de trabalhos, já que a GM recebe incentivos.
De acordo com ele, foi realizada uma reunião com o secretário de Relações do Trabalho de São José dos Campos, Ricardo Dinelli, e com o secretário de Desenvolvimento Econômico, José de Mello Corrêa, na qual Dinelli teria afirmado que que não vai se manifestar sobre as demissões.
O presidente do Sindicato também apresentou aos secretários propostas que foram encaminhadas à GM como forma de garantir a manutenção e ampliação dos postos de trabalho na fábrica, que incluem a manutenção dos postos de trabalho e reintegração de funcionários demitidos.
A GM declarou que a decisão de realizar um PDV atende a "uma solicitação dos empregados representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos" da unidade de São Caetano.
