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Genérico varia até 132% em Curitiba

Pesquisa em 20 farmácias encontrou variação bem menor que a do mesmo remédio em São Paulo, onde a diferença chegou a 951%

Veja detalhadamente o levantamento feito em 20 farmácias de Curitiba |
Veja detalhadamente o levantamento feito em 20 farmácias de Curitiba (Foto: )
Farmácias são livres para determinar preço até limite estipulado pela Anvisa |

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Farmácias são livres para determinar preço até limite estipulado pela Anvisa

A receita é antiga, mas a prescrição continua tendo validade: pesquisar o preço dos medicamentos é a melhor forma de manter a saúde do seu bolso. Levantamento feito pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) aponta diferenças de mais de 950% no custo de mesmo tipo de medicamento genérico no varejo. A Gazeta do Povo repetiu a pesquisa com o Diclofenaco Sódico e encontrou uma variação de 123%.

A pesquisa do Procon, feita de 28 a 30 de setembro, em 15 drogarias do município de São Paulo, constatou que o Diclofenaco Sódico – 50 miligramas, caixa de 20 comprimidos – pode ser encontrado por R$ 0,89 na farmácia mais barata e por R$ 9,36 na mais cara, uma diferença de R$ 8,47 entre os dois locais. Em Curitiba, a Gazeta do Povo levantou o preço do mesmo produto em 20 farmácias, encontrando uma variação de 132%, com preço mínimo de R$ 4,80 e máximo de R$ 11,14 –diferença de R$ 6,34 (veja tabela abaixo). O preço máximo na capital paranaense é quase 20% superior ao preço mais alto praticado em São Paulo.

A pesquisa do Procon-SP constatou ainda que, na comparação entre os preços médios dos medicamentos genéricos com os de referência, de mesma apresentação, os genéricos são 58,5% mais baratos do que os remédios de marca, o que pode representar uma grande economia ao bolso do consumidor.

Entre os medicamentos de referência, a maior diferença foi no medicamento Propranolol Ayerst (Cloridrato de Propranolol), do laboratório Sigma Pharma (40 mg, 30 comprimidos). O maior preço foi R$ 7,45 e o menor, R$ 1,20 – diferença de 520%, ou R$ 6,25 em valores absolutos.

Práticas de mercado

Apesar da grande variação de preços para um mesmo produto, as farmácias têm liberdade para praticar preços no varejo, levando em conta um preço máximo de referência estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa lista de preços deve, obrigatoriamente, estar disponível para consulta dos consumidores no próprio estabelecimento, conforme Resolução n.º 4 da CMED de 09 de março de 2011.

Respeitando o preço máximo, as redes podem determinar preços levando em consideração fatores como políticas de desconto, características locais de mercado, rentabilidade da loja, condições comerciais de compra, além de políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site). O Procon-SP conclui que uma pesquisa criteriosa de preços pode representar significativa economia para o consumidor. O órgão lembra ainda que a compra de medicamentos deve ser sempre aliada à recomendação e prescrição de um médico.

Serviço

Através do site www.consultaremedios.com.br é possível comparar preços de medicamentos mais de 16 mil medicamentos, classificando por região, preço do produto, princípio ativo e forma de apresentação.

Colaborou: Maria Elisa Brenner Busch

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